sem pimenta no chuchu
(ou: porque HH não atacará Alckmin diretamente)
um segundo turno nas eleições para Presidente da República depende do crescimento da candidatura de Heloísa Helena. o candidato do PSDB demonstra não ter força suficiente para impedir a vitória de Lula já no primeiro turno.
se Heloísa Helena avançar nas pesquisas, pode ameaçar Alckmin e com ele disputar lugar num hipotético segundo turno.
disto não decorre, contudo, que a candidata do P-SOL venha a tirar eleitores de Alckmin. o candidato do PSDB tem votos cativos, com forte perfil conservador e que rejeitam HH ainda mais do que a Lula.
por outro lado, algum percentual dos que votariam em Serra tendem a se transferir para Heloísa Helena. quanto a isto, SP será exceção.
embora as últimas pesquisas mostrem Alckmin e HH mais fortes em faixas semelhantes do eleitorado (aquelas com maior escolaridade e renda familiar), a candidatura do P-SOL só crescerá caso conquiste votos dos indecisos e dos eleitores de Lula.
HH não se caracterizará apenas como a “anti-Lula”, sempre tratando PSDB e PT como sócios de um mesmo modelo responsável pela falta de crescimento econômico e pelo caos social que vive o país. a referência tucana será sempre FHC.
para uma eleição em que a política parecia ter perdido a relevância, a candidatura do P-SOL já prestou um grande serviço à nação, ao fazer com que o Brasil reconsidere os rumos de seu futuro sem a camisa de força do pensamento único.
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