30 abril 2021

Não fechar ou não fechar, eis a questão

Disputa interna entre frações do setor dominante, cujo pomo infectado da discórdia é o lockdown.

Quais os setores mais afetados pelo fechamento da economia?

a) banqueiros e rentistas;
b) exportadores de commodities;
c) parque indústrial remanescente;
d) comércio, principalmente o pequeno e médio;
e) arrecadação de impostos, que remunera os juros pagos pelos títulos públicos.

O povo vai ser tangido ao matadouro da COVID debaixo da convocação do Estado de Mobilização Nacional.

Resultado: a gestão de Pazuello vai parecer um exemplo de logística bem sucedida frente ao inferno que se anuncia.

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25 abril 2021

Senilidade


O Antropocentrismo (um dos muitos nomes do Capitalismo) é um cego, senil e gravemente enfermo, sendo levado à sua cova pelos monstros do Racionalismo (outro dos apelidos) a quem trouxe à existência.

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19 abril 2021

Trombas e Formoso: aprendizados da História

Lideradas por José Porfírio e atraídas pela política de expansão da fronteira agrícola do governo Getúlio Vargas, dezenas de famílias de camponeses ocuparam, na década de 1940, a região de Trombas e Formoso a 400 km ao norte de Goiânia.


Os 3.000 camponeses posseiros constituíram um território autônomo e organizaram-se em Conselhos de Córregos, trabalhavam coletivamente, inclusive com Comissão de Segurança, e fundaram a Associação dos Lavradores de Formoso e Trombas.


Conquistaram a criação do município de Formoso e elegeram um de seus líderes, José Porfírio, como deputado estadual.


Somente no início da década de 1970, seis anos após o golpe militar, foi invadida por tropas do exército brasileiro.

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13 abril 2021

A Esquerda e o genocídio

A Esquerda eleitoral-institucional e o genocídio

Sendo a proposta do setor dominante no Brasil para a pandemia a materialização do genocídio em curso, qual a contra-proposta da Esquerda eleitoral-institucional?
Enquanto as mortes batem seguidos recordes, seu imutável horizonte permanece fixo nas Eleições de 2022.
Assim como 2018, 2022 está condenado a ser um ano longe demais.

Centenas se aglomeram no Centro do Rio de Janeiro em busca de uma quentinha.
Nas periferias
o número de pessoas disputando o lixo está cada vez maior, chega a ter rodízio de catadores que disputam os materiais recicláveis dia e noite. São homens, mulheres e crianças!

Frente a esse imediato desespero, qual a relevância de uma campanha eleitoral para 2022?
A base do diálogo com uma população das favelas e periferias, acossada pela COVID e o ultraliberalismo, não pode ser outra senão a sobrevivência imediata.

Onde estão os sopões de rua? O mutirão para entrega de cestas básicas? As caravanas nas áreas abandonadas fornecendo ítens básicos de higiene e proteção (como máscaras PFF2)?

Os tempos mudaram. E mudaram radicalmente. Quase todas as pessoas de Esquerda não acompanharam essa mudança.
Pior, estão afundadas no negacionismo.

A Esquerda revolucionária e o genocídio

Além de atuar no desespero imediato, fornecendo condições básicas de sobrevivência à população das favelas e periferias, a única contra-proposta ao genocídio em curso só pode ser: abandonem as grandes cidades, marchem para a terra em direção aos quilombos!

Mas como viabilizar esse êxodo de modo coletivo e organizado?

Na região sudoeste da Bahia está o caso concreto. Assentamentos da Brigada Ojeffersson do MST estão abertos para acolhimento.
E nisto importa mais a grandeza da atitude do que a dimensão do resultado.
Este é o exemplo a ser divulgado e adotado, aqui e agora e não em 2022.

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05 abril 2021

Selvagens, Bárbaros e Civilizados

Etnologia e Antropologia como uma aliança de saberes orientada ao exercício de poder e legitimadora do processo civilizatório.

 

Sendo este nada mais que o aniquilamento sistêmico das florestas, para promover a metástase da urbanização e converter camponeses e indígenas em força de trabalho proletarizada.

 

Tornar-se selvagem? Talvez.

 

Ou nunca deixamos de ser pré-bárbaros e pós-civilizados? Ainda agora sequestrados por uma civilização que negocia o encantamento da vida em troca dos horrores de campos de concentração e morte.

 

E a este genocídio permanente denomina de progresso.

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