29 junho 2021

Pandemia e gestão do Capitalismo #3


Crise de 2008 segue pendente e agravada pela pandemia, cuja gestão racional mais bem sucedida ocorre justamente na China.

Entretanto a própria China enfrenta também sua crise, incapaz de seguir turbinando a economia interna pelo investimento estatal, tampouco atinge o nível necessário de exportação de seus capitais excedentes numa rota imperialista.

Por outro lado, as zoonoses tem sua origem em graves desequilíbrios ambientais causados pela expansão da fronteira agropecuária capitalista, e fácil e rapidamente se tornam pandêmicas, por meio da capilaridade dos vasos comunicantes da globalização.

Dado este presente conjunto de acirramentos das contradições do Capitalismo, o que se aproxima fará a solução final de 1939 parecida com o que uma vez eram as visitas aos parques temáticos da Flórida.

Um apocalipse que vem? Não! Ele sempre esteve por aqui.

segue...

Pandemia e gestão do Capitalismo #2


A Crise de 1929 não foi superada racionalmente através do New Deal

Ao contrário, exigiu a ascensão do nazi-fascismo para promover uma gigantesca e irracional destruição de forças produtivas.

Se uma empresa isolada não pode ter uma gestão irracional, sob pena da falência, o sistema Capitalista como um todo, ao contrário, não pode superar suas crises pela via racional.

No Capitalismo a razão não é o inverso do irracionalismo, sendo deste nada além de um componente.

Exemplo: o sonho da razão com a fissão nuclear não se materializou sob a forma de abundância energética, e sim na destruição monstruosa causada pelas duas bombas atômicas lançadas sobre alvos civis.

Seguiram-se breves décadas douradas de um welfare state na Europa, tendo como seu avalista o gulag soviético, sendo este o estágio inicial da forma de sociedade de classes agora em progressão na China.

segue...

Pandemia e gestão do Capitalismo #1


☆ A pandemia é a situação concreta e atual na qual se explicitam de modo notável: os modelos de gestão do Capitalismo e os gestores enquanto uma outra classe social.

Como administrar uma pandemia sem uma gestão também globalizada?

Este caso específico é apenas mais uma manifestação da contradição geral do Capitalismo: é viável uma gestão racional de um sistema intrinsecamente irracional?

Ou sob outra perspectiva: a mais-valia relativa pode prescindir da mais-valia absoluta e da acumulação primitiva?

O avanço e a complexidade do desenvolvimento das forças produtivas tornou o Capitalismo impessoal e abstrato, fazendo dele um sinistro processamento gerindo a si mesmo.

Neste contexto econômico os gestores são uma nova classe social dominante, num embrião de um outro modo de produção, com seu mais visível exemplo no Capitalismo de Estado sob comando da tecnoburocracia do PC da China.

segue...

27 junho 2021

Linhas do Rio: bordando a memória

Memória não morrerá. 
Guardando os nomes bordados das pessoas queridas que foram levadas.
Que este país seja libertado da opressão, do genocídio e da maldade.



26 junho 2021

Nada mudou


O que o atual Fora Bolsonaro deveria aprender com o Fora Collor de 1992?

a) - O vice-presidente Itamar Franco continuou com o saque ao patrimônio público, privatizando 15 empresas, entre elas: CSN, EMBRAER, Petroquímica União, COSIPA e AçoMinas.

b) - Em 1993 explode o escândalo dos Anões do Orçamento, apesar de usarem cartões premiados da Loteria Federal para legalizar as comissões recebidas, a sorte grande vinha mesmo é do propinoduto das empreiteiras. 

c) - Lula e o PT optaram pelo conchavo de cúpula, por avaliarem ser inevitável sua vitória nas eleições do ano seguinte, porém esqueceram-se de combinar com FHC e o Plano Real.

d) - Em 1994 o Plano Real é o marco inaugural da financeirização da economia brasileira, até hoje submetida ao mercado financeiro, trocando uma inflação monetária fácil de sentir no bolso por uma outra em títulos públicos, de difícil compreensão e origem da Dívida Pública.

e) - Todas as anteriores estão corretas, mas a Esquerda eleitoral insiste no mesmo erro.

25 junho 2021

Um quilombo moderno

 Um Quilombo Moderno: Campo de Refugiados 1o de Maio

Situado em Itaguaí (RJ), numa ocupação do terreno da Petrobrás onde seria instalado o pólo petroquímico, ali o Movimento do Povo busca abrigo em tempos de pandemia e ultra-liberalismo, caminhando coletivamente em direcão à autonomia: alimentar, hídrica, habitacional e cultural.


23 junho 2021

Campo de Refugiados 1º de Maio

O Campo de Refugiados 1º de Maio é uma ocupação, iniciada em 01/05/2021, no terreno onde seria instalado o pólo petroquímico en Itaguaí (RJ).

Auto-denominado como Movimento do Povo não está vinculada diretamente a nenhum partido, organização ou grupo.

Já foram cadastradas no local cerca de 3 mil famílias participantes. 

Nele se encontram algumas das principais questões, entre estas:

• a "classe para si" só toma forma  na luta. 
• a centralidade da terra no conflito.
• a importância do território e das comunidades. 
• a revolta em si não basta, precisa redundar em salto organizativo.
• a potência da classe trabalhadora advém de seu trabalho coletivo.
• a luta pela saúde, contra o genocídio, através de atuação prática e imediata, apontando para uma luta anti-Capitalismo.


21 junho 2021

Memória Não Morrerá

Longe, longe ouço essa voz Que o tempo não vai levar Homenagem às 500 mil vítimas do genocídio.


20 junho 2021

Mesma quadrilha

"A democracia brasileira está sem instrumentos para lidar com pessoa tão maléfica no governo."
Miriam Leitão - 19J 2021

Sempre hipócrita, a classe dominante fingindo nada ter a ver com Bolsonaro, enquanto este é dela o rosto completamente nu, brutal, tosco, sinistro e letal.

Desde sua "descoberta", no Brasil o genocídio sempre foi a ponte percorrida pela classe dominante, pisoteando nossos cadáveres, para conquistar, e manter, seus privilégios. 

Bolsonaro e os Generais no governo não passam dos atuais testas-de-ferro deste antigo e mesmo projeto.

Fora Bolsonaro e fica Mourão. Ou Luciano Huck. Ou Dória. Ou Amoêdo. Ou Ciro Gomes. Ou Marina Silva. Ou Haddad. Ou Lula.

E continua a mesma quadrilha... Aqueles que saqueiam o país desde a invasão colonial.

19 junho 2021

Do medo ao ódio

Houve uma mudança na manifestação de hoje.
 
Os nomes dos mortos se apresentaram. 
 
Os mortos exigem que não morra junto com eles a memória.
 
O trauma coletivo começa a emergir. 
 
Como todo trauma trará efeitos de longo prazo, que não se manifestarão de todo imediatamente. 
 
Se por cada um dos 500 mil mortos se fizesse um minuto de silêncio, durante quase um ano nada se ouviria.
 
A COVID no Brasil tem sido mais um episódio de ocultação do sofrimento e desaparecimento dos corpos, tão presente na sequência de genocídios que é a História do Brasil. 
 
O trauma quando emerge provoca a superação da dor e da tristeza. 
 
Então, brota a raiva. 
 
E junto com a raiva surge o ódio. 
 
Sem o ódio de classe não se faz nenhuma Revolução.

16 junho 2021

Leitura realista da magia política #2


☆ Pela caligrafia à faca são escritas as histórias formando a História que podemos vir a ser.

Mas não como um torto arado sulcando a terra degradada, para mais uma vez apenas renovar a espoliação. 

Perseguidos pela morte correndo à solta, será com a mesma faca decepadora de línguas que se inventará uma morte para dar sentido à vida.

Numa situação na qual já não conseguimos respirar, qual sopro será capaz de fazer ruir a montanha de escombros se avolumando sobre nós?

Como evocar para este sopro o espirito da Revolução, esse encantado momentaneamente esquecido e sem corpo para se manifestar?

Quais as histórias capazes de em si responderem a essas questões? Quem saberá contá-las?

continua...

Leitura realista da magia política #1


[contém spoilers]

O que nos fez o que somos? Qual a terra de que somos feitos? De qual profundo solo se erguem nossas raízes?

Trazida nos caninos de um velho chacal em busca de sangue para acabar com a divisão do mundo em dois, ali estava novamente a faca, com seu reluzente cabo de marfim e seu fio de corte afiado.

Qual as histórias contadas através dessa faca? 

O que somos, senão as histórias narradas pela vida através da história de nossas vidas...

Sendo o tempo tão somente o momento intrínseco à narrativa, que em sua completude situa-se além de qualquer sequência linear.

Para surgirem essas histórias devemos manipular a faca, furando gargantas mudas para delas arrancar o que não conseguem dizer. 

E com esta ação fazer jorrar o rio de sangue das palavras, desencadeando outras acões e outras palavras para compor histórias.

continua...

13 junho 2021

O inimigo agora é outro


Como sempre, a lumpenburguesia brasileira tenta uma saída pelo centro, pelo Centrão

E novamente isto apenas é fugaz camuflagem para tomar seu volver histórico à Direita.

A quem ela pretende outra vez enganar? A si mesma?

Desde o Golpe de 2016 estamos mergulhando num abismo sem fundo.

Como certa vez afirmou aquela que não ousou lutar: 《Não vai ficar pedra sobre pedra.》

Ao rolarem as pedras formaram uma avalanche impossível de ser contida. 

Terá algum fundo este abismo? Ou abismos sempre chamam outros abismos?
 
"O País não pode ficar entre dois polos que se alimentam e se comportam como cabos eleitorais um do outro."
Santos Cruz - General da Reserva - 13/06/2021
 

Apesar do fino perfume, a burguesia fede

Scuderie Le Cocq, Os 12 Homens de Outo, Esquadrão da Morte, Mão Branca, OBAN, Casa da Morte, etc...

A burguesia não pode prescindir de organizações paralelas, atuando fora da lei nos subterrâneos, sempre com as mãos sujas das execuções e propinas, tanto para eliminar inimigos políticos como para aterrorizar a população pobre nas favelas e periferias. 

Fleury veio desse esgoto. E a ele retornou.
 
Sempre ao esgoto todos eles retornam. Quando não são mais convenientes, são expelidos. Queima de arquivo.

Qualquer semelhança com Bolsonaro, é melhor já ir se acostumando.

Cartel de Jalisco New Generation

Monopólio estatal da violência? Ou exércitos privados?

• a Democracia Liberal se converte em Tirania Financeira; 
• os Estados-Nações em Governanças Globais; 
• as Constituições Federais em Acordos Trans-Nacionais; 
• os países em Zonas de Livre Comércio; 
• os direitos e as garantias individuais em governo de si mesmo sob a lógica do desempenho empresarial;
• as cidades em condomínios fechados protegidos por milícias privadas, cercados por guetos sob lei marcial: zonas de total exclusão com seus campos de extermínio.

Eis nosso admirável mundo novo.


 



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12 junho 2021

Por uma vida não fascista

Toda vez que ressurge a proposta de Frente Ampla para derrotar o fascismo logo dá uma curiosidade danada.

Haveria um exemplo histórico de políticas de conciliação de classes (Frente Ampla) terem sido na luta contra o fascismo o fator principal? 

Por certo inspirado na elegante foto de Freixo nas páginas da revista Veja, um participante de lutas passadas contra-argumentou:

Não esqueçamos o fascismo original foi combatido e derrotado sem "combater o capitalismo". Até hoje Alemanha, Itália e França são capitalistas. Ainda bem que a esquerda na década de 40 não tinha esta visão de "ou tudo ou nada", senão estaríamos vivendo no Reich até hoje! 》

Como se a luta contra o fascismo não tivesse exigido uma Guerra Mundial, com atuação decisiva do Exército Vermelho.

Além disto, países como Grécia, Itália e mesmo a França tiveram seus movimentos insurrecionais anti-capitalistas boicotados pelo stalinismo.

Já no caso da Alemanha Ocidental, o preço de se manter capitalista foi pago com a presença no governo de notórios nazistas membros do regime hitlerista.

Só quem pode derrotar o fascismo é a classe trabalhadora.

11 junho 2021

Freixo é Lula


Em sua carta de desligamento do PSOL, Marcelo Freixo defende a "construção de uma ampla aliança", alegando: 
O nosso dever histórico é derrotar Bolsonaro nas urnas e o bolsonarismo enquanto projeto de sociedade.》.
Como se deve interpretar essa proposta política:

a) - Bolsonaro não representa a si mesmo, e sim foi a última opção do setor dominante na falta de uma candidatura própria viável eleitoralmente;
b) - O "Bolsonarismo" pode ser visto como uma nova versão do antigo fascismo brasileiro;
c) - Freixo, e Lula, propõe derrotar o fascismo através de uma frente ampla "Todos contra Bolsonaro", incluindo aqueles que apoiaram o Golpe de 2016;
d) - O fascismo é a forma mais nua e asfixiante do Capitalismo, portanto pretender enfrentá-lo sem combater o Capitalismo, que o produz, é como querer comer picanha sem matar a vaca, ou apenas não desejar ver o sangue - se contentando do açougueiro lavar bem as mãos antes de trazer a carne à mesa;
e) - Todas as anteriores estão corretas.

Frente Ampla é Lula

Como se deve interpretar a declaração acima:

a) - Lula quer ser o candidato de uma frente ampla baseada no Centro;
b) - O Centro é formado por um conjunto de partidos fisiológicos e legendas de aluguel, tradicionalmente denominado de Centrão;
c) - O Centrão representa no Congresso os interesses da burguesia brasileira e do Imperialismo;
d) - Lula diz que só será candidato se formar ampla aliança com a burguesia brasileira e o Imperialismo;
e) - Todas as anteriores estão corretas.

Golpes


Formada a Frente de Esquerda no Rio, se fundirá à Frente Ampla com participação de integrantes dos governos FHC e Temer.

Deus tenha misericórdia deste país.
Eduardo Cunha, ao declarar seu voto favorável ao golpeachment em 2016.
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08 junho 2021

Trajetória enviesada

• Desde sua passagem pela AMAN Bolsonaro sempre foi um estorvo para o Exército, acabou extirpado em 1988.

• Mas em 2014 retornou à AMAN conduzido pelos que o haviam extirpado, e de estorvo foi consagrado como mito.

• Eleito, virou o Cavalo de Tróia em cujo ventre milhares de militares ocuparam a máquina estatal.

• Volta e meia faz o papel de espantalho, ao desviar com diversionismos o foco sobre temas primordiais (como a Contra-Reforma da Previdência) para assuntos secundários (nomeação de seu Segundo-Filho como Embaixador nos EUA).

• Paulatinamente volta a ocupar o lugar que lhe é seu: estorvo - restando ainda pendente como será outra vez defenestrado, novamente com direito a salvo-conduto e indenização. 

fonte: Marcelo Pimentel - Coronel da Reserva

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07 junho 2021

Como sair do labirinto? #6


☆ sem território e comunidade não é possível encaminhar um processo de autonomia.

• comunidade não implica em formalizar uma entidade, seja através de contrato jurídico ou de relações institucionalizadas, e sim gerar uma forma de habitar o mundo.

• e habitar é escrever histórias na terra, é o que nos diz a palavra geo-grafia.

• enquanto meio de produção primordial, a terra torna possível a existência da comunidade, mas é esta  quem dá sentido à terra através da formação do território.

autonomia vem a ser a caminhada de uma comunidade avançando num território, num processo onde os termos se auto-constituem através do próprio movimento.

• cercados pelo ultra-liberalismo e a pandemia, estamos numa guerra de extermínio onde somos o alvo, como resistir a tamanha assimetria de forças? 

• já não se trata de lutar em meio ao povo, "como um peixe na água", mas ser a própria água, na qual se afogam os nossos inimigos. 

• uma vanguarda não separada da Comunidade e do Território.
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06 junho 2021

Impasse

• incapaz de gerar uma candidatura própria, a lumpenburguesia brasileira recorreu a uma barriga de aluguel: do útero da cadela sempre no cio saiu a inusitada dupla de um Presidente-Capitão e um Vice-General.

• como também sequer dispõe de instrumento político representativo próprio a nível nacional que seja viável eleitoralmente, assim se deu a ascensão do Partido Militar.

• a candidatura BolsoNazi foi parida em plena AMAN, em Dezembro de 2014, logo após a segunda eleição de Dilma.

• 15 dos Generais que compunham o Alto Comando do Exército no momento do Golpe de 2016, hoje integram o núcleo político e a direção do governo - além de milhares de outros militares aparelhando a máquina estatal. 

• esta situação é disfuncional para os interesses do setor dominante, dado não ter pleno controle sobre o Partido Militar não há também garantias quanto ao projeto de fato implementado.

• também dificulta a troca do Presidente, pois muito além dele o Partido Militar se enraizou no governo.

04 junho 2021

Acerto de contas

Estimativa dos mortos durante a Guerra Civil nos EUA (1861/1865) variam de 600 mil a 1 milhão de mortos.

Em 14 meses de COVID no Brasil já são meio milhão de óbitos, sem nenhum tiro ter sido disparado.

Muito provavelmente, sem a guerra os EUA teriam permanecido como o Brasil ainda é até hoje: exportador de commodities sob status neo-colonial e semi-escravocrata.

A industrialização pesada se inicia com Getúlio Vargas, ele mesmo um militar com raízes no setor agrário.

E se encerra após o II PND de Geisel, um General que almejava um Brasil Grande erguido pela mão de ferro do regime militar.

 projeto de Geisel teve dois graves erros de concepção:

- supor que a burguesia brasileira possa ser nacional;

- implementar um projeto de desenvolvimento sem estar ancorado numa ampla participação popular.

Paradoxalmente, depois da redemocratização nenhum outro plano de industrialização foi adotado, nem mesmo nos governos Lulistas.

Ao contrário, se acentuou a reprimarização da economia e das exportações.

Mas, como todos sabemos, na vida nada dura, muito menos os erros, os fracassos, as omissões e a traição.

Sempre chega o momento do acerto de contas.

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Sem cobertura

Como já fizera em 1964, a lumpenburguesia brasileira abriu o Palácio do Planalto para as FFAA subirem a rampa, com o golpe dentro do golpe nas Eleições de 2018.

Daquela outra vez se passaram 21 anos até os coturnos marcharem de volta aos quartéis. E agora?

Seja como for, sob a pressão do Imperialismo o setor dominante não pode sustentar o impasse indefinidamente.

Mas como se livrar de Bolsonaro, se junto com ele está o General Mourão, acompanhado de milhares de outros militares?

Ainda assim, Bolsonaro será descartado. Como já foram Moro e Dallagnol.

A burguesia brasileira é tão lumpen que não só apoiou Bolsonaro na cabeça de chapa, como ainda incluiu um General como vice.

Ou seja: abriu mão de qualquer "seguro" no caso, quase certo, de ter que se livrar do Presidente, como fizera com Collor.

Para Lula, tinham o José Alencar. Para Dilma, Temer. Para Bolsonaro, as FFAA...

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02 junho 2021

Como sair do labirinto? #5


como se dá na prática um processo destituinte?

• destituir não implica em atacar as instituições, e nem mesmo em criticá-las, pois o Poder Destituinte atua nos libertando de nossa dependência das instituições.

exemplos:

- destituir a medicina de mercado é nos tornarmos capazes de gerir coletivamente nossa saúde, a partir de técnicas alternativas e saberes ancestrais, conscientes de não ser possível estar saudável num meio ambiente doentio;

- destituir a indústria alimentícia­ se dá pela organização de coletivos capazes de produzir e colocar em circulação alimentação saudável;

- destituir um governo é se tornar ingovernável.

• o processo destituinte se fundamenta na autonomia: auto-organização, auto-gestão, auto-suficiência e auto-defesa.

• autonomia exige posse de território e formação de comunidade.

continua...