um espectro ainda ronda o Brasil. tremem
ao ouvir o seu nome. inútil
tentar conjurá-lo. o espírito de Junho
de 2013 ainda assombra permanentemente, ameaça paradigmas obsoletos e certezas
decadentes. como um teimoso, sempre volta mais uma vez, e ainda outra vez. uma
esfinge desafiando repetidamente a se decifrar seu enigma.
ao contrário da narrativa lamuriosa da Ex-querda, não foi Junho
de 2013 o ovo da serpente do Golpeachment. a via de acesso ao poder de uma Direita sem
voto foi chocada pela repetida negativa da Ex-querda
em se relacionar positivamente com Junho
de 2013.
em Junho de 2013 ficou exposto
o quanto havia de podre no reino encantado da conciliação de classes do Lulismo. e ainda agora é Junho de 2013 pulsando. seu espírito sopra continuamente ânimo
sobre as ruas, os bloqueios e as ocupações, para potencializar a vitalidade da
resistência ao Golpeachment,
“Disseram que
estando dormindo em meu jardim, fui mordido por uma serpente; deste modo todos
foram grosseiramente enganados com esta fabulosa história de meu falecimento. A
serpente que me tirou a vida, usa agora a coroa que me pertencia.”
devemos escavar o solo uns
palmos mais abaixo, fazendo chocar-se um ardil contra outro ardil, até se
alcançar a raiz da questão: somos ou não capazes de ultrapassar as mesmas respostas
erradas, mantendo-nos prisioneiros de um infindável giro em falso na
encruzilhada de Junho de 2013?
onde estávamos em Junho de 2013?
estávamos nas ruas? ao menos acompanhávamos as manifestações ao vivo pelo
inovador trabalho dos mídia-ativistas?
como nos relacionamos com Junho de
2013? por uma inquietante leitura de um mundo
em mutação ou somente pela viciada leitura de palavras convenientes?
ainda mantínhamos a fé num Pacto à
la Brasil para um Mensalão que
jurávamos nunca ter existido? como se fosse possível uma lua de mel perene com
a plutocracia colonial e escravagista, sempre pronta a exercer sua vocação
eterna para o golpismo...
ainda nos iludíamos com os altos índices de popularidade do governo,
assim como o mercado financeiro acreditou piamente no Triple A carimbado pelas corruptas agências de risco nos
derivativos tóxicos de Wall Street em 2008?
enquanto os sucessivos e intermináveis vagalhões do tsunami da crise
global destroçavam a ordem econômica e política mundial, ainda contemplávamos o
próprio umbigo monocordiamente repetindo tratar-se só de uma marolinha?
ou até hoje preferimos acreditar que a maior de todas as crises
brasileiras, no bojo da mais grave crise do Capitalismo desde 1929, tudo isto
na verdade não passa de tão somente mais uma manipulação da Rede Globo?
não tínhamos ainda percebido que nenhum incentivo e desoneração
despertariam qualquer espírito animal numa lumpenburguesia viciada no saque e
na pilhagem? achávamos mesmo que Eike Batista era o empresário-companheiro, molde inaugural de toda uma geração de
futuros capitalistas brasileiros comprometidos com o desenvolvimento nacional?
segundo o Sistema de Acompanhamento de Greves do DIEESE, se em 2012 haviam
ocorrido 877 greves, em 2013 foram 2.050, demonstrando como então a crise
econômica já corroera a Pax Lulista.
contudo, a Ex-querda forjou sua auto-indulgente versão
de nada mais ter sido senão obra maquiavélica dos demiurgos da CIA, manipulando
a História em seus laboratórios secretos para desestabilizar o Lulismo, auxiliados pela decisiva
participação da Rede Globo com sua cobertura ao vivo.
como se a História
nada mais fosse do que uma conspiração. e a luta de classes se reduzisse a uma
briga contra uma mídia que nunca deixou de contar com generoso patrocínio
público.
”Não. Eu não acho
que aquilo ali [Junho de 2013] foi uma manifestação da direita. Eu não acho,
realmente. Não acho que esteja ali o fulcro dos movimentos de direita, não
acho.”
é inegável também
que em toda grande movimentação social ocorre intensa atuação de forças
políticas organizadas, tentando capturá-la e dirigi-la conforme seus
respectivos interesses e projetos.
por outro lado, o
surgimento de novas lideranças e novos agentes sociais escapa completamente ao
controle de quem quer que seja, tornando esse momentos de súbita e intensa
irrupção do movimento social absolutamente imprevisíveis em seus
desdobramentos.
Junho de 2013 é o marco inicial de um interregno
em Junho de 2013 o
sistema de poder estabelecido com a Nova República começa a ruir, assim como
1977 marca o início do fim da Ditadura.
a partir de 1977,
com a retomada dos movimentos sociais, iniciou-se um longa e tortuosa
travessia. a falência histórica do
velho já acontecera, mas não sua falência política. no vácuo deste interregno,
através da luta entre os diversos setores sociais, ocorre a construção de um
novo sistema de poder.
ainda estamos até hoje no meio de uma destas arriscadas travessias. no
vácuo deste interregno proliferam as patologias sociais: criaturas monstruosas, fenômenos bizarros e
sintomas mórbidos.
em Junho de 2013 o
clamor das ruas era claro: mais participação,
mais direitos, mais Democracia.
aquele foi o momento
mais favorável para o Lulismo operar
seu giro à Esquerda, o que chegou timidamente a ensaiar, sem nunca ter tido nem
desejo, e muito menos capacidade, para concretizar. o Lulismo desperdiçou todo seu
capital político, quando Dilma estava nos píncaros da popularidade, na patética
ilusão que a promíscua conciliação de classes jamais esgotaria seu prazo de
validade.
ainda assim, o Lulismo insistiu
em isenções e desonerações, sem nada mais produzir senão alavancar o lucros de
uma lumpenburguesia então já em plena operação para sabotar o governo de Dilma
Roussef.
desde então, com a
representação política em colapso, a Ex-querda
escondeu-se na negação da realidade. o sistema de poder começou a ruir diante
de todos, atônitos e incapazes de esboçar propostas, assistiram passivamente seu
passo a passo no rumo de uma derrocada anunciada.
vídeo: Dilma propõe
plebiscito para reforma política – 24/06/2013
vídeo: Tomada da ALERJ - 17/06/2013
muito além da av.
Paulista
outra enorme distorção presente na visão que a Ex-querda formou sobre Junho
de 2013 é elaborar suas conclusões a partir da perspectiva da av. Paulista
– onde nagrande manifestação da noite de
20/06/2013, após o recuo no reajuste das tarifas, houve uma forte participação
de grupos proto fascistas.
mas esta investida da Direita não ocorreu no restante do país. ao
contrário, na mesma noite no Rio de Janeiro, uma gigantesca multidão ocupou
literalmente toda a av. Pres. Vargas, num comparecimento muito maior do que o
de SP, sem registro de presença minimamente significativa de grupos de Direita.
esta manifestação no Rio foi brutalmente reprimida pela PM na frente da
prefeitura, no final da av. Pres. Vargas. ao sofrerem um bombardeio cerrado de
balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo, seguido do ataque da
cavalaria da PM, os manifestantes recuaram. em seguida grupos se reagruparam ao
longo da avenida e enfrentaram os policiais. assim surgem os adeptos da tática Black
Bloc no Rio.
vídeo com o momento (1’00’’) em que uma manifestação pacífica é
brutalmente atacada pela PM, o que se tornaria rotina posteriormente e até
hoje. a partir de 4’00’, cenas do enfrentamento com o “Caveirão”, gravadas lado
a lado com os ativistas.
vídeo: A Batalha da Av. Presidente Vargas – Rio de Janeiro – 20/06/2013
a partir das experiências de confrontos nas ruas em Junho de 2013 consolidou-se a capacidade dos manifestantes de não
mais recuarem desordenamente frente aos ataques da polícia. desde então, a
autodefesa tornou-se uma característica sempre presente, com a tática Black
Bloc amplamente adotado em diversas situações por grupos bastante heterogêneos.
no vídeo abaixo (a partir de 2’00’’) verifica-se que os manifestantes
enfrentando o blindado “Caveirão” da PM, não se tratam de “meninos mimados da zona sul carioca”, em sua maioria são moradores
das periferias e das comunidades, fazendo então o que não tem condição quando a
PM invade as comunidades, quando as balas são de fuzil e não de borracha.
vídeo: manifestantes enfrentam o blindado “Caveirão” – Rio de Janeiro –
20/06/2013
muito além da av. Paulista, as enormes manifestações se propagaram por
todo o país, com seguidos enfrentamentos com a polícia. abaixo um documentário sobre
Junho de 2013 em Fortaleza, com excelente material para se compreender a
tensão dentro do próprio movimento entre o casal infernal: “pacifistas x
radicais”.
vídeo: “Com Vandalismo” – documentário do Coletivo Nigéria sobre Junho de
2013 em Fortaleza
“Onde o pacifista
procura abster-se do curso do mundo, permanecendo bom e não cometendo nada de
mal, o radical abstêm-se de qualquer participação no “existente”, por via de
pequenos ilegalismos enfeitados por “tomadas de posição” intransigentes. Ambos
aspiram à pureza, um pela ação violenta, o outro abstendo-se dela. Cada um é o
pesadelo do outro. Não é certo que estas duas figuras subsistissem muito tempo
se cada uma não tivesse a outra como fundo. Como se o radical não vivesse senão
para arrepiar o pacifista nele próprio, e vice-versa.”
em 18/06/2013, no vácuo aberto pela irrupção nas
ruas, ocorre a primeira tentativa explícita de capturar as manifestações para
impor uma pauta unificada a um movimento marcadamente horizontal edescentralizado.
é postado um vídeo do Grupo Anonymous Brasilreivindicando 5 causas: arquivamento da PEC 37/2011, a saída de Renan
Calheiros da presidência do Congresso Nacional,investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa, pela PF e
MPF, criação de uma lei que trate casos de corrupção no Congresso como crimes
hediondos, fim do foro privilegiado.
causas
absolutamenteincongruentes com o
Anonymous, que apesar da pluralidade característica de coletivos não
centralizados sempre converge para uma linha de ação direta e atuação não
institucional. todas as “5 Causas”apontandona direção contrária e com um sentido coerente com o defendido por
setores do MPF e da PF.
as infiltrações nas manifestações pelos órgãos de segurança já ocorriam
abertamente, a vista de todos.
ainda assim, o Lulismo
prosseguia como se ainda estivesse no ápice de seus anos dourados, avaliou a
maior movimentação de massas até então ocorrida de massas desde as “Diretas Já”, em 1984, como uma
equivocada e passageira turbulência.
contudo, num final de tarde melancólico, anoiteceu sem se darem conta. sozinhos
no escuro, era impossível negar acontecera algo muito sério. não haveria como
não viver o luto.
vídeo: “As 5 causas”
vídeo: militar a
paisana no ataque ao Palácio do Itamaraty – 20/06/2013
vídeo: PH LIMA –
“Primavera Brasileira”
no rastro de Junho de 2013, o mega fracasso dos mega
eventos
apesar de todas as evidências em contrário, comprovadas pelas
experiências de suas edições anteriores em outros países, os mega-eventos eram
considerados pelo Lulismo como um
grande trunfo não apenas político, tanto por gerarem um em efeito positivo de
popularidade, como também econômico, na suposição dos investimentos em
infraestutura retornariam como crescimento do PIB.
o que jamais aconteceu. já que grande parte dos recursos abasteceu os
propinodutos, escoando pelos ralos dos paraísos fiscais ou simplesmente foram
desviados para aplicações especulativas no mercado financeiro.
de Junho de 2013 até a Copa de 2014 as manifestações prosseguiram em todo
o país. a truculência e as perseguições políticas foram regras num Estado de
Exceção permanente no qual a repressão se justificava para expulsar das ruas os
“vândalos” e “baderneiros” do movimento #NãoVaiTerCopa.
o Lulismo que antes já
abandonara as ruas, por julgar não mais precisar delas, então não hesitou em reprimir
as manifestações para garantir a Copa das
Copas da FIFA.
Dilma é vaiada e xingada na cerimônia de abertura, num estádio lotados
justamente com os setores médios da população mais conservadores e refratários
a seu governo.
aquela foi uma Copa de ricos para ricos, disputada por uma seleção de
milionários, patrocinados por empresas trans-nacionais, realizada por uma FIFA
corrupta, auto-denominada como filantrópica mas auferindo lucros recordes,
impondo leis inconstitucionais e tendo como resultado o Minerazo: o mais humilhante fiasco de todos os tempos do futebol
brasileiro.
em 19/12/2013, o então ministro da Defesa, Celso Amorim assinou a
portaria 3.461, para regulamentar o dispositivo de Garantia da Lei e da Ordem
(GLO), sobre a utilização das Forças Armadas em situações de manutenção da
segurança pública. a GLO também foi usada em diversas ocasiões, inclusive em
grandes eventos, como a Copa do Mundo (2014) e a Olimpíada de 2016.
em 17/06/2016 a Lei Antiterrorismo (13.260/2016) é sancionada pela president@
Dilma Rousseff, um ex-guerrilheira.
“Essa juventude que cresceu já dentro da era
Lula não traz consigo mais nenhum resquício de esperança ou fé na esquerda, nos
movimentos sociais tradicionais, no terceiro setor, nem muito menos em alguma
melhoria proposta por qualquer esfera do poder estatal ou da iniciativa
privada. Não confia na justiça ou na polícia, de quem são principal alvo desde
o berço. A descrença absoluta levou a um, mesmo que involuntário e espontâneo,
niilismo político. Essa total descrença nas instituições e na política
institucional em si culminou em um tudo ou nada, ou melhor, em um nada a
perder. Se nos foi tirada qualquer esperança de mudar o mundo, então sobrou
apenas a esperança de destruí-lo.”
ainda no contexto de Junho de 2013,
é impossível não considerar o mega vazamento efetuado por Edward Snowden,
revelando como a NSA espionava a Petrobrás, grandes empresas brasileiras e a
própria Dilma Roussef.
em Hong Kong, Snowden
passou as informações diretamente a um jornalista “brasileiro”: Glenn
Greenwald. frise-se também que o destino
preferido para asilo político por Snowden era o Brasil – evidentemente o país
não oferecia a menor condição de independência e segurança para tal, o que
demonstra o quanto a Ex-querda ficou
aquém de sua missão no governo.
sem adotar as necessárias contra-medidas, cerca de três anos depois, na
fatídica noite preparatória para o Golpeachment,
em 16/03/2016, é divulgado que Dilma teve suas ligações novamente grampeadas.
apesar dos avisos de Snowden, não se adotara o uso de linhas seguras
criptografadas.
desde Junho de 2013 uma
infinidade de grampos e delações premiadas produziram provas em demasia contra tudo
e contra todos, fornecendo a munição necessária para a Lava Jato & Associados manter refém todo o
1% brasileiro, aniquilar com o sistema político, destruir a economia brasileira
e colocar Lula e o PT de joelhos.
o Big Data capturara a
plutocracia brasileira e suas principais empresas em seus terabytes de terabytes, para
inviabilizar a permanência do Brasil nos BRICS e o surgimento de um mundo
multipolar.
ficava provado não ser possível sermos um dos tijolos na construção do
BRICS, apenas por um “cara” ser
festejado como o “político mais popular da Terra”, sendo inviável chegar
a ter sucesso no xadrez da geopolítica global com apertos de mão e tapinhas nas
costas.
“Um homem que se
dispões a fazer Reformas de Base, daquele tipo, reformas que levariam o Brasil
em 30, 40 anos ao primeiro mundo; Um homem que se dispõe a enfrentar o
Imperialismo, a doutrina do imperialismo americano; Quer dizer... Ele tem que
se prevenir com as armas sim! Isto eu lamento muito! Foi um golpe fácil demais!
Ninguém assumiu um comando, que seria o verdadeiro comando revolucionário!
Ninguém...”
“CitzenFour” nunca foi apenas
um mero “analista sênior” terceirizado, tendo como background a paradisíaca
Havaí. um autêntico gênio da área de TI, coube a Snowden o alicerce fundador do
monstruoso sistema de coleta 24x7 de informações operado pela NSA. a partir de
então a guerra está em todos os lugares. o único lugar seguro é estar sempre em
movimento.
o lugar do conflito armado coletivo progressivamente se dilatou do campo
de batalha para a Terra inteira. da mesma forma, sua duração se estende agora
até o infinito, sem declaração de guerra nem armistício. é por este motivo que
os estrategistas contemporâneos destacam que a vitória moderna provém mais da
conquista dos corações e mentes dos membros de uma população do que de seu
território, ou mesmo de seus recursos naturais. o front em cada um e ninguém
mais em cada front.
já não se trata de avistar colunas de blindados e localizar alvos
potenciais, mas de compreender os meios sociais, os comportamentos, as
psicologias. o único front que deve manter as forças nele empenhadas é o das
populações.
- 05/06/2013: vazamento dos documentos de Edward Snowden;
- 01/09/2013: revelado que Dilma Roussef foi alvo de espionagem da NSA;
- 11/09/2013: revelado que NSA concedeu acesso a Israel de metadados e
dados, inclusive de cidadãos norte-americanos;
- 17/09/2013: Dilma Roussef anuncia adiamento da visita de Estado que
faria em outubro a Washington, em razão das denúncias de espionagem reveladas
por Snowden;
- 24/09/2013: em discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral das
Nações Unidas, Dilma Roussefcondena as
ações de espionagem dos EUA no Brasil;
mesmo agora há algo vagando na encruzilhada de Junho de 2013. um fantasma assombrando o Brasil. muitas das perguntas
da esfinge ficaram sem resposta e naquela encruzilhada algo ainda deve morrer.
em Junho de 2013, aquele Brasil
que pensávamos tão bem conhecer fora estilhaçado. e como pedaços de espelhos
partidos, os vários Brasis já não refletiam nenhuma identidade
coletiva.
onde estávamos em Junho de 2013?
onde estamos agora na luta contra o Golpeachment?
enquanto os necrófilos saboreiam seu banquete, somente os antropofágicos
atravessarão o despenhadeiro das sombras. neste tempo de aniquilamento e
ressurreição, a questão de todas as questões: tupi or not tupi?
para enfim decifrar o enigma de Junho
de 2013, esta é a inédita encruzilhada histórica na qual nossa identidade
como Povo e Nação será forjada. este é o intenso tempo do agora, no qual nos
tornamos nossa própria esfinge: quem
somos? o que queremos?
- já não se pode falar de uma crise do Capitalismo, e sim de um Capitalismo
de crise. incapaz de se auto regenerar e submetido a crises periódicas cada vez
mais destrutivas, o Capitalismo incorporou a crise como um modo de governar.
- a “crise” é uma oportunidade
de reestruturação dos mercados. as medidas tomadas para superar a “crise” não servem para combatê-la. ao
contrário, a “crise” é desencadeada
como pretexto para aplicar tais medidas.
Crise de 2008
- sob o padrão Dólar-Ouro, o capitalismo experimentou seus “anos
dourados”, com intensa industrialização, inovações tecnológicas, Guerra Fria e
o Welfare State; no padrão Dólar, prevaleceu a financeirização, a revolução
digital, a globalização e o “Estado mínimo”.
- ainda sem qualquer perspectiva de superação, a Crise de 2008 desencadeou mais uma grande
desintegração. novamente os moinhos
satânicos trituram impiedosamente as condições sociais tal qual a conhecíamos,
liquefazendo a modernidade num caldo totalitário do qual se ergue umpavoroso mundo novo.
Das Kapital
- Das Kapital é o Capitalismo em
sua configuração pós Crise de 2008.
- no circuito integrado e volátil das operações instantâneas em mercados
apátridas, nação, trabalho e trabalhador estão obsoletos. o lucro prescinde da
produção e do consumo, graças à rentabilidade diária e sem risco de
investimentos garantidos pelo Estado. a sociedade inteira foi aprisionada num
processo autofágico, uma espécie de buraco negro, em que tudo e todos estão
submetidos à voracidade ilimitada do capital financeiro.
- pela total financeirização da economia e mercantilização completa da
vida, até mesmo a subjetividade foi recolonizada. somos todos descartáveis. é
desnecessário um exército industrial de reserva.
Tirania Financeira Global
- a Democracia Liberal se converte em Tirania
Financeira Global; os Estados-Nações em Governanças Globais; as
Constituições Federais em Acordos Trans-Nacionais; os países em Zonas de Livre
Comércio; as cidades em condomínios fechados protegidos por milícias privadas
cercados por guetos sob lei marcial e zonas de total exclusão com seus campos
de extermínio; os direitos e as garantias individuais em governo de si mesmo
sob a lógica do desempenho empresarial.
- Das Kapital se apropria não
apenas do tempo de trabalho, mas do próprio tempo de vida. tudo agora é
trabalho não pago, numa produção incessante de mais-valia. o trabalhador oprimido foi reconfigurado como um
empresário livre, um empreendedor de si mesmo, portanto um trabalhador que se
explora a si próprio na sua própria empresa. mestre e escravo na mesma pessoa.
- já não seremos indivíduos, muito menos cidadãos: apenas empresas que se
deve gerir e um capital humano que deve se acumular. e nossas relações sociais
nada mais serão do que a de empresas competindo entre si.
Império do Caos
- o Império do Caos é o ambiente
de negócios gerado pela Guerra sem Fim
promovida pela Tirania Financeira Global,
através de USA Incorporation, para
impor uma governança mundial unilateral.
- um Estado de Exceção permanente, no qual crises sucessivas impõe
constantes ajustes comotécnica de
governabilidade, com a garantia jurídica da Legislação
Anti Terrorismo e de uma rede global de contra insurgência. vigilância
on-line 24x7. incessante coleta de dados, biometria, banco de DNA.
- através do Big Data, algoritmos
cibernéticos calculam ininterruptamente uma Nova
Ordem instantânea, para governar um mundo previsível e estável, do qual a
política foi extirpada.
USA Incorporation
- USA Incorporation já não é mais uma
nação, converteu-se em mera base territorial e foro jurídico dos interesses das
mega corporações transnacionais. seu poder militar e meios de controle e
vigilância são os fiadoresda segurança
de um ambiente de negócios definido pelos acordos supra nacionais: TTIP, TPSEP e TiSA.
- USA Incorporation é controlada nas
sombras pelo Deep State, cujo
principal negócio e fonte de financiamento é o tráfico: drogas, armas, órgãos,
pessoas, minérios raros, o próprio petróleo, material genético, produtos
falsificados, informação, influência e, claro, dinheiro – a maior máquina
mundial já montada de lavagem de dinheiro.
Guerra sem Fim
- guerra ao terror. guerra às drogas. guerra à corrupção. guerra sem fim.
a guerra como negócio. Afeganistão, Iraque, Bálcãs, Líbia, Grécia, Egito,
Ucrânia, Europa, Síria, África. se quiser impor uma mudança, desencadeie uma
crise. ou ainda melhor, deflagre uma guerra.
- num mundo em que a guerra é o hardware no qual se processa atualmente Das Kapital, a crise consiste na
continuidade da guerra por outros meios. uma desestabilização permanente
desencadeando mudanças constantes, a fim de evitar que não ocorra de fato
nenhuma mudança autêntica. para gerir as crises periódicas do capitalismo
gerou-se a doutrina do Capitalismo de
Crise.
- Das Kapital declarou guerra à
humanidade e ao planeta. a Tirania Financeira
Global avança sobre nações e populações, fragmenta os países, expropria
seus recursos naturais e exila seu povo.
é no epicentro de uma Guerra Híbrida
Mundial que travamos a Batalha do
Brasil.
Lava Jato & Associados
- a Lava Jato & Associados
é uma arma de destruição em massa, dentro da estratégia da Guerra sem Fim promovida pelo Império do Caos. é uma operação montada
de fora, comandada de fora, para atender a interesses de fora.portanto, é “muito maior” do que nós. se disto
não temos as provas cabais, todas as
informações analisadas, como num quebra-cabeça, permitem formar seguramente esta
nossa convicção.
- a Lava Jato & Associados
fornece a blindagem jurídica da Democracia sem voto. na qual todo poder emana
do Judiciário e de sua interpretação arbitrária das leis, para garantir a
conformidade com uma constituição cujo fundamento são os juros pagos aos
especuladores.
Brasis
- aquele Brasil das ilusões de palmeiras e sabiás, da miscigenação
inzoneira, da abençoada cordialidade tropical, aquele Brasil já não há – e para
ele jamais iremos voltar. o Brasil tal qual o imaginávamos conhecer, está
morto!
- agora múltiplos Brasis ocupam um mesmo espaço
geográfico, mas isto é tudo que compartilham: apenas o território. no mais só
existem diferenças irreconciliáveis. são tão incompatíveis que agora se
enfrentam num estado de guerra civil de baixa intensidade.
- com a morte do Brasil, restaram apenas negócios, negócios e negócios.
nenhum projeto de país. sem qualquer esperança de Nação. a cidadania se
convertera em empreendedorismo de si mesmo. o Direito Público em Direito
Privado Corporativo. o trabalho em desemprego estrutural. a verdade em fake news. o passado em pós-futuro.
BrazilPar
- nunca fomos uma nação. e já não somos um país. o BrazilPar é hoje uma gestora de participações acionárias em
diversas empresas e empreendimentos, uma holding estrategicamente associada a USA Incorporation.
- o Brasis da Lava Jato & Associados e o Brasis de São Paulo Ltda. se tornaram a principal coalizão supra-regional do BrasilPar.
São Paulo Ltda.
- São Paulo Ltda. abriga a
sucursal brasileira da Tirania Financeira
Global, e tem principal commodity de exportação a taxa SELIC.
- São Paulo Ltda. jamais ousou
construir um projeto de país através do qual sua hegemonia se
exercesse, e assim impor sua dominação por consentimento a um pacto nacional. todo
seu domínio sempre se deu pela força do mercado se apropriando do público,
resultando em desproporcional concentração política e econômica em São Paulo.
- sem que desta concentração resultasse desenvolvimento de âmbito
nacional, através de reciclagem dos lucros sob a forma de investimentos
regionais, apenas ainda mais enriquecimento de uma plutocracia marcadamente
anti Povo e anti Nação. uma lumpenburguesia eternamente sedenta de ser
convidada para a mesa de jogo dos grandes lobos globais, mas servilmente
resignada ao seu desprezível lugar como hiena periférica.
Ex-querda
- a Ex-querda é uma ampla
frente de partidos, organizações, associações, tendências e diversos tipos de
grupos. todos reunidos sob a incontestável liderança do Lulismo.
- ainda mais definidor que sua organicidade, a Ex-querda é um modo de se pensar o Brasil e de como encaminhar a
luta política. foram pensadores da Ex-querda
os principais responsáveis pela arquitetura teórica de um Brasil mitológico,
conveniente a uma tradição liberal conservadora; foram também políticos da Ex-querda os que por aquela teoria
balizaram na prática o movimento popular, fazendo dele uma conveniente forma de
gestão do capital.
- em seus 13 anos na gestão de BrasilPar,
a Ex-querda jamais se poupou de
louvar seu desempenho no bem cuidar dos interesses da Tirania Financeira Global. “Nunca os bancos ganharam tanto
dinheiro", sempre declarou
com entusiasmo a principal liderança da Ex-querda:Lulinha Paz e
Amor.
Lulismo
- expressão consagrada por André Singer, ele próprio um Lulista, em sua grande obra “Os sentidos do Lulismo”. trata-se de
uma estratégia da conciliação permanente a serviço de um projeto de hegemonia
às avessas, conforme exposto por Francisco de Oliveira, um dos fundadores do PT.
- consiste em atender a quase todas as exigências da minoria (a
Plutocracia Brasileira), mas justificando-se através de umas poucas concessões
para a maioria da população. em nome de uma governabilidade de curto-prazo, o Lulismo acaba provocando uma
ingovernabilidade sistêmica.
- os festejados programas sociais do Lulismo,
nunca passaram das convencionais políticas sociais compensatórias, conforme
formuladas e prescritas pelo Consenso de Washington,
para evitar que o aumento desenfreado da miséria se torne explosivo e um
incontrolável fator de desestabilização social.
- a quase totalidade dos pretensos “avanços” e “conquistas” promovidos
pelo Lulismo não passam de lendas
conveniente ao marketing político, sem qualquer base na realidade.
- por exemplo: o Lulismo faz o
marketing da recuperação do Salário Mínimo, sem deixar claro que em 8 anos de
FHC a recomposição foi de 6,52 pp, enquanto nos 13 anos de Lulismo apenas 5,69 pp.
- mais um exemplo: “[na
década de 2000, os “anos dourados do Lulismo”]
95% das vagas abertas tinham remuneração
mensal de até 1,5 Salário mínimo.[...]e comrendimento acima de três
salários mínimos mensais, houve redução no nível de enprego.”, em“Nova Classe Média?“, Márcio Pochmann.
Lulinha Paz e Amor
- Lulinha Paz e Amor é
principal liderança da Ex-querda. é imprescindível a total
clareza para distinguir 3 pontos: o político Lula (Lulinha Paz e Amor), o mito do Lulismo
e o que Lula simboliza no processo de construção nacional.
- apesar de seus erros e traições, o político Lula precisa ser
determinadamente defendido da caçada implacável que a Lava Jato & Associados o submete, como qualquer cidadão
que seja vítima de uma justiça venal, corporativa, seletiva e classista. uma
grande oportunidade para fazer coincidir a “defesa
de Lula” com a luta pela democratização do Judiciário, pela desmilitarização
da polícia, pelo desmantelamento do aparato repressivo e pela superação da
doutrina de segurança nacional. iniciativas que em seus 13 anos de governo o Lulismo sequer cogitou em propor.
- porém o mito do Lulismo deve
ser destruído. esta falida concepção de ser possível através da conciliação
permanente com uma plutocracia predatória, viabilizar um projeto de sucessivas
mudanças pequenas e graduais, mas ainda assim sustentáveis no longo prazo. o Golpeachment enterra definitivamente
esta vã e amarga ilusão.
- o que deve ser preservado e fortalecido é aquilo que Lula simboliza: a
ascensão do trabalhador brasileiro ao protagonismo social e político que lhe
cabe. sem o qual o Brasil já não se viabiliza como Estado, tampouco se constrói
como Nação. o Lula político é apenas mais uma etapa neste processo, no qual se
cumprirá a profecia de Getúlio Vargas: “um
dia será um de vocês que estará aqui no meu lugar”.
Golpeachment
- o Golpeachment é a versão
atual dos sucessivos golpes de Estado perpetrados pela lumpenburguesia
brasileira em sua guerra ancestral contra o Povo
e a Nação.
- derrotadas por quatro vezes na urnas, as “medidas impopulares” exigidas pela Tirania Financeira Global só poderiam
ser aplicadas através da supressão do Estado Democrático de Direito, o que foi
implementado através de um impeachment inconstitucional.
- só haverá reconstrução da Democracia e refundação da República, caso
erguidas sobre uma pedra fundamental que exige: a nulidade do impeachment, a
revogação de todos os atos e contratos do governo usurpador e a punição dos
responsáveis pelo Golpeachment;
- para onde se olhar na cena do crime do Golpeachment, estarão por toda a parte as
impressões digitais da máquina de guerra Anglo-SioNazi.
Anglo-SioNazi
- todo o processo do Golpeachment
é o decorrer de uma campanha de desestabilização promovida pelos Anglo-SioNazi contra os Brasis. até chegarmos ao atual
presidente do BC brasileiro, nascido em Israel e
onde viveu até os 10 anos de idade, e do Ministro da Fazenda Henrique Meirelles
com sua cidadania
norte-americana.
- os Anglo-SioNazi nutrem uma
profunda repugnância pela soberania popular e pelo multiculturalismo. não é sem
motivos que seu enclave territorial, apesar do marketing enganoso de ser a “única democracia no Oriente Médio”, não
possui Constituição tampouco tem fronteiras definidas. sob o paradigma da Palestina Ocupada, os Anglo-SioNazi concebem o mundo como uma
vasta “terra sem povo”, a ser
colonizada pela implantação de condomínios fechados, protegidos por muros e
check-points, enquanto os nativos
sãoconfinados em campos de concentração
e áreas de extermínio.
- os Anglo-SioNazi professam o
capitalismo como religião, crêem piamente no lucro como a função social do
mercado e nos juros como o meio supremo de realização individual. sendo
inimigos mortais de um mundo multipolar, para impedir sua concretização não
hesitariam em apertar o botão do holocausto termonuclear. consideram a
singularidade científica, a eclosão da inteligência artificial, como a chegada
do tão esperado Messias, para proceder o upload dos avatares do povo eleito a
uma Jerusalém reconstruída na terra prometida da realidade virtual. para além
da Internet das Coisas, uma Web of Life do puro fluxo incorpóreo e
desterritorializado de Das Kapital.
BrasiNazi
- como um dos mais mórbidos fenômenos decorrente da morte do Brasil,
ocorre a saída da semi-clandestinidade do BrasiNazi.
o Brasis do povo superior da “Raça Planaltina”, herdeiro do
empreendedorismo colonial dos Bandeirantes, em busca do Eldorado da matança dos
miseráveis e do holocausto do contraditório.
- historicamente os Anglo-SioNazi
são inimigos dos Judeus. prova
irrefutáveldisto no cenário atual
brasileiro, é a Hebraica convidar
Jair BolsoNazi para pregar o
genocídio, enquanto do lado de fora centenas de judeus protestavam contra o fato.
- se em 1964, o golpe foi formulado, financiado e comandado por Lincoln
Gordon, então Embaixador dos EUA, o Comandante em Chefe do Golpeachment é um Anglo-SioNazi.
no círculo mais alto de Comando deste golpe, todos seus integrantes não se
expõe publicamente. permanecem atrás dos bastidores, nas trevas. como o Chicagos’s Boy de estimação de George
Soros e o mais rico dos banqueiros do mundo.
Millenium
- os Anglo-SioNazi se auto-intitulam
como os Proprietários da Humanidade
(Masters of Mankind) e defendemque
a raiz do problemas mundiais advém, principalmente, do excesso populacional.
- várias de suas Estratégias de
Redução Populacional (ERP), já estão sendo implementadas nas últimas
décadas por todo o planeta. privatizações selvagens, expropriação dos recursos
minerais (inclusive água), epidemias provocadas (inclusive AIDS), guerras sem
fim, engenharia social da fome, eliminação dos “inúteis e defeituosos”, etc...
- os Anglo-SioNazi através de sua Guerra
sem Fim empurram o mundo para um confronto termonuclear e uma selvagem
redução populacional. estão convictos de que é possível sobreviver ao Armagedon e consideram obsoleta a
doutrina do MAD (Mutual Assured Destruction).
- Millenium é a atual
doutrina dos Proprietários da Humanidade: neo-fascismo, capitalismo como
religião, zumbificação, anomia, Admirável Mundo Novo, Big Brother, Big Data, robótica,
engenharia genética, nanotecnologia, singularidade científica, anti-Cristo...
Guerra de Mundos
- há uma guerra. não uma guerra no mundo e sim
uma Guerra de Mundos. não uma “crise” da qual precisamos sair, mas uma
guerra que precisamos ganhar, mesmo que sejamos derrotados em muitas batalhas.
- Das
Kapital subjugou todos os demais mundos sob uma unificação etnocêntrica:
muitas Culturas, apenas uma Natureza. um mundo no qual um conceito específico
de uma cultura, a Natureza como definida pelo Racionalismo Ocidental, se
converteu em “realidade biofísica”.
- de um lado estão o
Homem, a Razão, a Ciência: os que se ergueram vitoriosos com as luzes do
Renascimento apenas para mergulharem o planeta numa escala nunca antes
experimentada de destruição e desigualdade. tudo e todos foram reduzidos ao valor de
matéria-prima pela vã pretensão de manter indefinidamente girando os moinhos
satânicos do capitalismo.
- do outro lado, na
resistência contra a barbárie já instalada, há um povo: Os Seres da Terra. uma aliança entre os Terráqueos
pautada não por leis, contratos ou instituições, mas pela urgente consciência da
luta comum pela sobrevivência.
Os Seres da Terra
- as condições ambientais estáveis dos últimos 12 mil anos favoreceram o
desenvolvimento da auto-denominada “civilização humana”. sob tal estabilidade
ambiental ergueu-se o mito de ser possível uma separação conceitual entre
Natureza e Cultura.
- com a irrupção
messiânica de Gaia no cenário geopolítico da história moderna, descobre-se que tal
estabilidade ambiental pode ser alterada. como se reagisse às ações sobre ele
infringidas, o planeta modifica seu equilíbrio para condições menos favoráveis
à existência da espécie humana e de outras muitas que o coabitam.
- o mundo natural e o mundo social já não podem mais estar separados. o
humano se desumaniza ao se tornar força natural – pelas
alterações que sua “civilização” provoca na natureza – enquanto a natureza se
torna um agente respondendo a estímulos – convertendo-se numa ameaça política à
continuidade da “civilização humana”.
- do mesmo modo que
ocorreu no Renascimento com o Heliocentrismo, o Antropocentrismo já não nos
serve mais. os sonhos da Razão geraram monstros: o Capitalismo, o Antropoceno,
o Antropozóico. uma nova mudança em breve vai acontecer. um inexorável
desaparecer, como, na orla do mar, o desvanescer de um rosto de areia: o ocaso
do Humanismo e do Racionalismo.
- adeus à
Humanidade, bem vindos sejam Os Seres da
Terra.