Os nomes dos mortos se apresentaram.
Os mortos exigem que não morra junto com eles a memória.
O trauma coletivo começa a emergir.
Como todo trauma trará efeitos de longo prazo, que não se manifestarão de todo imediatamente.
Se por cada um dos 500 mil mortos se fizesse um minuto de silêncio, durante quase um ano nada se ouviria.
A COVID no Brasil tem sido mais um episódio de ocultação do sofrimento e desaparecimento dos corpos, tão presente na sequência de genocídios que é a História do Brasil.
O trauma quando emerge provoca a superação da dor e da tristeza.
Então, brota a raiva.
E junto com a raiva surge o ódio.
Sem o ódio de classe não se faz nenhuma Revolução.
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