A Esquerda
eleitoral-institucional e o genocídio
Sendo a proposta do setor dominante no Brasil para a pandemia a materialização
do genocídio em curso, qual a contra-proposta da Esquerda
eleitoral-institucional?
Enquanto as mortes batem seguidos recordes, seu imutável horizonte permanece
fixo nas Eleições de 2022.
Assim como 2018, 2022 está condenado a ser um ano longe demais.
Centenas se aglomeram no Centro do Rio de Janeiro em busca de uma quentinha.
Nas periferias《o número de
pessoas disputando o lixo está
cada vez maior, chega a ter rodízio de catadores que disputam os materiais
recicláveis dia e noite. São homens, mulheres e crianças!》
Frente a esse imediato desespero, qual a relevância de uma campanha eleitoral
para 2022?
A base do diálogo com uma população das favelas e periferias, acossada pela COVID
e o ultraliberalismo, não pode ser outra senão a sobrevivência imediata.
Onde estão os sopões de rua? O mutirão para entrega de cestas básicas? As
caravanas nas áreas abandonadas fornecendo ítens básicos de higiene e proteção
(como máscaras PFF2)?
Os tempos mudaram. E mudaram radicalmente. Quase todas as pessoas de Esquerda
não acompanharam essa mudança.
Pior, estão afundadas no negacionismo.
A Esquerda revolucionária e o
genocídio
Além de atuar no desespero imediato, fornecendo condições básicas de
sobrevivência à população das favelas e periferias, a única contra-proposta ao
genocídio em curso só pode ser: abandonem as grandes cidades, marchem para a
terra em direção aos quilombos!
Mas como viabilizar esse êxodo de modo coletivo e organizado?
Na região sudoeste da Bahia está o caso concreto. Assentamentos da Brigada
Ojeffersson do MST estão abertos para acolhimento.
E nisto importa mais a grandeza da atitude do que a dimensão do resultado.
Este é o exemplo a ser divulgado e adotado, aqui e agora e não em 2022.
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