01 agosto 2006


mais brilhante que o céu de Bagdá

nos momentos que antecederam o primeiro teste nuclear, em 19/07/1945, havia grande nervosismo entre os cientistas do Projeto Manhattan. eles não estavam totalmente certos que a reação em cadeia não se propagaria por todo o planeta, destruindo-o. mesmo assim, acharam que valia a pena arriscar...

o arsenal nuclear Israelense é estimado em até 500 artefatos. em junho de 2000, um submarino Israelense efetuou um bem sucedido lançamento de um míssil com alcance de 1.800 km. presume-se que Israel possua 3 destes submarinos, cada um carregando 4 mísseis. em maio de 2002, um dos mais modernos satélites espiões da atualidade, o Ofek-5, foi colocado em órbita por Israel através do foguete Shavit, que, com alcance de 7.200 km, pode ser usado como um ICBM.

Israel é hoje considerado a terceira potência nuclear do mundo, suplantado apenas por EUA e Rússia.

evidente que tão grande e diversificado arsenal é muito maior que o necessário para uma política de “dissuasão”.

apesar disto, Israel alega que tamanho poderio se trata de “um último recurso”, a ser utilizado apenas num caso extremo para evitar sua aniquilação.

o cientista Israel Shahak, sobrevivente do Gueto de Varsóvia e de dois campos de concentração, chega a outra conclusão em seu livro “Open Secrets: Israel's Nuclear and Foreign Policie” :

“O desejo de paz, tão assumido como o objetivo Israelense, não é em minha visão um princípio da política Israelense, enquanto que o desejo de ampliar a dominação e influência Israelense é.”
“Israel claramente se prepara de modo premeditado para buscar uma hegemonia sobre todo o Oriente Médio ... , sem hesitar em se valer para este propósito de todos os meios disponíveis, inclusive os nucleares.”

junto com a primeira arma nuclear, explodiu também qualquer limite para o risco que a classe dirigente internacional está disposta a aceitar para perpetuar sua hegemonia, pouco importando se isto ameace a sobrevivência da própria espécie humana.

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