a violência disseminada por BolsoNazi
rapidamente se tornará um tiro pela culatra, porque será inevitável a
frustração do eleitorado com mais um estelionato eleitoral.
renda, inadimplência, insegurança e corrupção são as principais e
urgentes demandas da população. perante elas o modo de ser BolsoNazi vai se somar às causas, sem nunca fazer parte da solução.
Bolsonaro não tem nenhuma proposta para sequer mitigar a crise econômica,
colocando dinheiro no bolso do povo e repactuando a inadimplência. e nem
poderia ter, posto ser representante do grande Capital.
exatamente como Lula fez em 2003, e como também Haddad já se comprometera
caso fosse eleito, o ato de inauguração do regime Bolsonariano será mais
uma contra-reforma da previdência. seus eleitores assistirão a tudo,
bestificados.
como fica patente na intervenção militar na área de segurança pública do
Rio de Janeiro, a violência gerada pela violência de um estado de exceção
econômica não pode ser superada prioritariamente pela via penal e policial.
do mesmo modo, "a corrupção nossa de cada dia" não passa do
efeito epidérmico de um modelo de negócio altamente oligopolizador. no qual as
vantagens comparativas não passam de uma concorrência pela inovação e
eficiência quanto ao mérito de se estabelecer como o melhor corruptor.
para quem sempre desfraldou a bandeira da força bruta, do tapa e do tiro,
apologista da ditadura, defensor da tortura e da eliminação física dos
opositores, a imagem de Bolsonaro em seu primeiro pronunciamento após ser
eleito é a de um homem combalido, instantaneamente envelhecido e com baixa
efusividade num momento de vitória consagradora.
diante da evidente fragilidade, fica impossível não questionar qual a real
condição de saúde do Presidente eleito.
seja pelo medo do fascismo ou pelo ódio do PT o vencedor foi o #EleNão. como não há projeto
político fundamentado pela exclusão, fomos todos derrotados e o grande Capital
segue sendo sempre o grande vencedor.
conforme exasperadamente anunciado, para o Lulismo as Eleições de 2018
ficam para sempre longe demais. um previsível e melancólico desfecho de uma
estratégia de enfrentar o Golpe de 2016
pela via eleitoral e institucional, acabando por somente legitimá-lo.
Haddad nunca quis ganhar as Eleições de
2018, assim como Lula capitulou voluntariamente na última semana do 2o.
turno em 1989.
assim como o Lulismo jamais pretendeu
resistir ao Golpe de 2016. assim como nunca se empenhou em lutar pela
nulidade do Golpeachment. assim como Lula negou-se a oferecer qualquer
tipo de resistência à sua prisão.
assim como após a derrota Haddad se comportará
docilmente como uma oposição consentida ao regime BolsoNazi. e o twitter de Haddad felicitando Bolsonaro é disto a grotesca antecipação.
a Ex-querda que começou a morrer em Junho
de 2013, agora jaz deitada em seu
caixão, rodeado de velas roxas e coroas
de flores apodrecidas.
mas não só o Lulismo.
o PSOL afunda junto com Boulos, convertido em
Esquerda de estimação do Lulismo. Marcelo Freixo se consagra como aquele que
poderia ter sido, mas nunca será.
em MG, após o desastre anunciado de Pimentécio
e a humilhação de Dilma nas urnas, um grande potencial se fossiliza na via
parlamentar: Beatriz Cerqueira.
numa extinção em massa, confirma seu
falecimento toda uma geração de analistas políticos, jornalistas, sociólogos,
artistas, filósofos, ativistas e militantes, etc...
todos com a data de validade há muito vencida,
agora inexoravelmente recolhidos ao passado de um Brasil que já não existe,
muito menos voltará a existir. não haverá retorno.
se Bolsonaro é a Direita enfim se orgulhando de si mesma, Haddad nunca
foi além de uma Esquerda sempre envergonhada em dizer seu nome.
se Bolsonaro é enfim a cara nua e exposta da lumpenburguesia no Brasil, Haddad é o desmascaramento definitivo do
Lulismo.
no final, quem tirou a máscara foi Lula. e surgiu a face de Haddad: a
oposição gentil, bem comportada, prudente, elegante, simpática, culta, civilizada
e completamente inócua.
Haddad será tão relevante para o cenário pós-eleitoral quanto Dilma o foi
após o impeachment: nulidades irrelevantes.
alguns evocam as platitudes da resistência.
qual resistência? aquela que nunca houve, não há e jamais haverá. tão fake quanto a campanha Bolsonariana.
o golpe? que golpe... golpe se confirmou pela boca de Haddad uma palavra
um tanto dura.
Sérgio Moro? está fazendo no geral um bom trabalho.
BC? autonomia!
o agro? é pop!
Bolsonaro? seja feliz companheiro.
não precisamos de resistência. precisamos re-existir.
descansem em paz.
mas saibam: não conseguirão. não esquecemos. não temos misericórdia.
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