07/10/2018
- desde os primeiros momentos do Golpe
de 2016, com Dilma ainda na Presidência, o Lulismo nada mais fez do que canalizar toda e qualquer resistência
para as Eleições de 2018, direcionando
a luta para a via institucional/eleitoral;
- a semeadura da despolitização deu seu fruto com a ascensão de
Bolsonaro;
- como resultado agora temos uma colheita de síndromes de pânico, devido a possibilidade de Bolsonaro vencer
ainda no primeiro turno;
- a mais importante eleição desde a redemocratização, em 1989, é também a
mais desmobilizada. exceto pela grande manifestação do #EleNão, em 29-SET-2018, foi uma campanha eleitoral afastada das
ruas e das multidões, enquanto deveria ter sido exatamente ao contrário;
-após se deixar encarcerar sem resistência, Lula ainda não conseguiu
realizar o milagre da plena transferência de seu capital político-eleitoral
para "Andrade". ainda assim, segundo seus seguidores, estará presente no domingo de eleição através
de sua imensa espiritualidade política. glória;
- já a classe dominante no Brasil, ungida pelas bençãos da Tirania Financeira
Global, coloca em ação todo o seu arsenal de malefícios para forjar uma vitória
de Bolsonaro ainda no 1o. turno;
- se antes a TV era a grande arma de destruição em massa contra as
candidaturas de Esquerda, agora esta função é ainda com mais eficácia cumprida pelas
redes sociais. bombas de fragmentação
com fake-news explodem interativamente,
criando bolhas de pós-verdades para envolver coração e mente de cada usuário;
- qualquer que seja o resultado, um dos mais nocivos efeitos colaterais
das Eleições de 2018 se dá no
massacre psico-somático a que estamos todos sendo submetidos: tensão, angústia,
depressão, desespero, pavor, desesperança;
- para quem se indagar qual o perfil e a estratégia do fascismo
contemporâneo, ele já está entre nós há algum tempo: a sociedade em rede é um onipresente e
onisciente panóptico distribuído, interconectando o concreto e o virtual, o digital e o
analógico;
- sob a promessa de
aproximar pessoas, nunca foram tantas as separações. nichos e guetos se
proliferam. mesmo que os campos de concentração deste admirável mundo novo
sejam percebidos como reconfortantes grupos de afinidades nas redes sociais.
"É possível imaginar o deserto humano
que foi necessário criar para tornar desejável a existência nas redes sociais?
O Facebook é seguramente menos o modelo de uma nova forma de governo do que a
sua realidade já em ação."
.
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