agora, Bebianno. semanas atrás, Adriano da Nóbrega. exatamente há
dois anos, em 14/03/2018, Marielle e Anderson.
como era mesmo o nome da dona da
pensão onde se hospedara Adélio Bispo? alguns dias após a facada sem sangue em Bolsonaro, ela
teria morrido de câncer...
e Rogério Inácio
Villas? também morto na mesma pensão, cerca de um mês e meio depois.
após o acidente de Teori Zavascki, bem então o disseram Janot e Barroso: “2016 não acaba. É
a era de Aquarius ao inverso". são as “trapaças da sorte” de uma conspiração de
circunstâncias negativas.
desde aquela farsa dantesca encenada no teatro de horrores da Câmara, dando
início ao Golpeachment, ainda é este o apelo ecoando em meio ao desastre
e o caos: "Que Deus tenha misericórdia desta nação”.
mas Deus já não é mais brasileiro, não haverá qualquer
misericórdia para esta Nação.
déjà-vu.
tudo isto já aconteceu muitas vezes: Fleury. Malhães.
Molina. Baumgartem. Tenente Odilon. Zé do Ganho, Pejota, Mariel Mariscot.
todo grupo de extermínio acaba exterminando
seus próprios membros. necrófilos canibalizando a própria carne. serial killers queimando
arquivos.
Castelo Branco e
Costa e Silva. JK, Jango e Lacerda. Tancredo Neves, Ulysses Magalhães e Eduardo
Campos.
provas e contra-provas "desaparecem". trechos inteiros de nossa
História foram extirpados, como sob tortura ainda são arrancadas as unhas, os olhos vazados, os testículos esmagados, ratos enfiados
em vaginas, empalamentos executados no pau-de-arara...
com Bolsonaro, os Porões da Ditadura enfim ocupam o Palácio do Planalto, para operar não mais sob as trevas de alguma Guerra
Suja, e sim em plena luz do dia numa Guerra de Famiglias.
já sem distinção entre si, facções criminosas e frações de
classe disputam entre si não apenas pela função de
gestores executivos da crise do Capitalismo no Brasil, como, principalmente,
por uma necessidade de sobrevivência.
contudo, permanece intocado o segredo oculto na Casa da Morte: o DOI-Codi da Ditadura jamais poderia operar
sem bater continência aos Generais Ditadores, e muito menos sem o patrocínio
dos grandes empresários.
negócios, nada mais que negócios...
Bolsonaro alega saber como morreram os desaparecidos, mas independente das circunstâncias, cada desaparecimento é um
assassinato cometido pelo Estado a serviço do setor dominante.
serpentes engolem serpentes. dragões queimam
dragões. um macabro picnic de abutres,
cada qual bicando os
olhos dos outros. sobre a mesa: o cadáver em decomposição de um país...
não nos iludamos. a classe dominante, tanto
aqui quanto acolá, não tem a menor idéia sobre o que
fazer, a não ser ainda mais do mesmo.
não há nenhum mapa do caminho. nada foi
previamente planejado. tudo ocorreu de acordo com as veleidades circunstanciais
da História.
assim como também por estas circunstâncias,
não apenas eles, mas vós, nós, ele, tu e eu, estamos todos igualmente perdidos,
perambulando sem destino no asfixiante interregno de um labirinto sem saída.
"Fazer os cidadãos petrificados
compreenderem que mesmo que não entrem em guerra, já estão nela de qualquer
jeito. Que ali onde é dito que é isso ou morrer, é sempre, na realidade, isso e
morrer."
.
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