09 outubro 2017

os Brasis: antes do fim

09/10/2017
foto: Bruna Goularte

Entreouvido no Twitter, ontem: "Aos EUA só resta o Brasil de Temer, agora que já perderam todo o Oriente Médio, árabes, persas, russos, turcos, e até a Venezuela... Isso é que é fim de império, sô! [kkkkkkkkkk]".

2018, uma miragem para fanáticos. enquanto sobreviver uma última quimera, a miragem das eleições de 2018, prosseguirá o pic-nic de abutres, até já não restar Brasil algum. tudo terá sido então devorado pela rapina de curto prazo, com o país reconduzido a um status neo colonial e semi escravagista, concretizando a destruição do Brasil enquanto nação soberana e integrante do BRICS. entre as diversas causas para o Golpeachment, a determinante é impedir a construção de um mundo multipolar, no qual o Brasil teria sido pedra fundamental. ainda assim, a fanática obsessão com 2018 paralisa todo o movimento de resistência ao Golpe, como se este pudesse ser derrotado pela via parlamentar, ou judicial. um golpe só pode ser derrotado por um contragolpe. através de um movimento de massas, ocupando as redes e as ruas. pela participação em lutas concretas de pessoas concretas em lugares concretos, e potencializando estas lutas através de um incessante trabalho de registro, divulgação e conexão nas redes virtuais. seja quem formos, seja aonde vivermos, sempre haverá inúmeras demandas para agir. militar é viver. não existe militância política separada da vida. é em nossa própria forma de viver que fazemos política. e só é possível fazer política em comunidade;

aos traidores está garantida sua recompensa. nunca antes neste país, esteve tão obscenamente escancarada a absoluta falta de compromisso da cleptocracia brasileira com o Brasil. vendam sua pátria e façam o que quiserem. para os traidores, todos os seus demais crimes serão perdoados, pois nenhuma prova de inocência pode ser maior do que uma traição tão despudoradamente assumida. para os traidores, toda sua recompensa será instantaneamente realizada, como "campeões nacionais" do empreendimento de traição aos interesses nacionais. Brasil, teu nome é traição. a Síria é aqui, com o Brasil sendo destruído por grupos terroristas treinados, financiados e apoiados pelo Deep State, o braço invisível do Império. o Haiti também é aqui, com as FFAA atuando como tropas de ocupação em nosso próprio território, para impor nas favelas cariocas o paradigma dos guetos da Palestina. e o México e a Colômbia também são aqui, pois a Guerra de Famiglias também é uma disputa entre cartéis do narcotráfico, do tráfico de armas, de minérios raros, de órgãos, de pessoas, de tecido fetal. a Grécia somos nós, com toda a economia tragada pelo buraco negro do mercado financeiro especulativo de curto prazo. não restará pedra sobre pedra;

"onde é que isto vai parar?" sob qualquer ponto de vista, o presente é um beco sem saída. aqueles que desejariam acima de tudo esperar, veem ser-lhes retirado qualquer tipo de sustentação. os que pretendem ter soluções são imediatamente desmentidos. todo mundo sabe que as coisas só podem ir de mal a pior. a tampa da panela de pressão foi fortemente fechada, mas lá dentro as tensões sociais não param de aumentar. ainda alguma "Insurreição que vem"? ou para o Brasil já passou o tempo das insurreições, nenhum fantasma mais nos assombra e só nos cabe viver o luto. então por que teimam as situações insuportáveis em se proliferar por toda a parte. tudo e todos estão muito mal. e a pergunta sempre é a mesma: "onde é que isto vai parar?". quanto pior, ainda pior fica. e nada pior do que a miragem de uma hipotética eleição em 2018, da qual a única certeza são seus irremediáveis vícios. isto só vai parar ao se retomar o fio perdido da luta contra o golpe, a partir do Ocupa Brasília em 24-MAI. depois de então pode até parecer que o Lulismo abdicou da luta agora, em prol de “Lula 2018”, mas não nos deixemos enganar: o Lulismo abdicou mesmo da luta agora, em prol de “Lula 2018”. e para isto parar é preciso voltar a se movimentar. e bradar: "Fora, Temer!", "Diretas Já" e "Pela nulidade do impeachment". não será fácil. não será rápido. não será sem lágrimas, sem pedras e sem sangue. mas é o único caminho para se contrapor à longa marcha nacional da insensatez;

haja Rivotril! enquanto prevalecer a quimera do fanatismo e a realidade da traição, nenhum fígado estará saudável. úlcera, diverticulite, hemorroida, pancreatite, cálculo biliar, glaucoma, degenerescência macular. na era do ansiolítico, o pulso ainda pulsa! Definitivamente, Temer, não!


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