06/10/2017
uma cadeira
sempre vazia. uma cadeira vazia se torna a grande questão. talvez a resposta não venha
de quem nela estaria sentado, ou poderia senta-ser. seja como for, a foto é um
símbolo de nossa época: o Pacto à la
Brasil sendo firmado, não com sangue mas sim cerveja, nos fundos de um
boteco qualquer. então, a cadeira vazia ali está justamente para ficar vazia.
uma garantia aos demais, revezando-se nas outras duas cadeiras, que a Justiça
jamais compareceria aquele encontro.
com esta certeza, mesmo não retratados na foto, todos os demais estiveram
naquela mesa de fundo de bar: PGR e STF, Temer e Aécio, Gilmar Mendes e Sérgio
Moro, FHC e o embaixador dos EUA, Serra e Jorge Paulo Lemann, e também, como
não, Lula, o PT a CUT e a Frente Brasil Popular. e porque não também setores
militares. Brasil, teu nome é traição;
o colapso atual não
é obra de amadores. assim como nosso subdesenvolvimento, o colapso
atual foi meticulosamente preparado desde a Constituição de 1988. a
"Constituição Cidadã", apesar de seus inúmeros avanços, não passou de
outro Pacto à la Brasil, sem remover
o entulho autoritário foi firmada com o sangue dos torturados e desaparecidos
pela Ditadura Civil-Miltar. um pacto sempre renovado com a indecorosa
participação de Lula e do PT. como no impeachment de Collor, quando a cúpula do
partido não se poupou de comparecer ao beija mão de Roberto Marinho. um ano
depois, em 1993, o escândalo dos
anões do orçamento foi o gênesis do pacto de governabilidade agora demolido pela Lava Jato.
apesar de usarem cartões premiados da Loteria Federal para legalizar as
comissões recebidas, a sorte grande vinha mesmo é do propinoduto das
empreiteiras. Lula e o PT optaram então pelo conchavo de cúpula, por julgarem
ser inevitável sua vitória nas eleições do ano seguinte. esqueceram de combinar
com FHC e o Plano Real;
as caravanas
passam para que os cães permaneçam imóveis. seja qual for seu destino de chegada, a
Caravana de Lula pelo Nordeste ficará como um dos mais belos momentos de nossa
História: o emocionante reencontro de Lula com o Povo Brasileiro. neste
reencontro os dois Lulas se apresentam com toda sua força: o Lula político e o
Lula símbolo. entretanto, os dois participam da mesma Caravana, ao mesmo tempo
e percorrendo os mesmos lugares, mas separados por um infinito no tempo e no
espaço. o problema com o Lula político não é sua opção por acordos e
conciliações, mas sua ferrenha oposição a qualquer outra possibilidade. como se
não houvesse alternativa. a mesma fórmula consagrada pelo neoliberalismo: TINA
(There Is No Alternative). o Lula político jamais quis acordo com aqueles à sua
Esquerda, sempre impôs submissão incondicional. o Lula político reduz toda a
vitalidade da Caravana a uma pré campanha eleitoral, impedindo que torne um
potente motor de mobilização social contra o golpe. submetendo ainda mais uma
vez o movimento social ao calendário eleitoral, engessando-o na via
institucional. um campanha eleitoral para um eleição incerta na qual ele nem
sabe se poderá legalmente se candidatar. mas sempre se colocando como o único
que pode "salvar o Brasil", muito embora sem jamais apresentar um
programa mínimo claro para que isto se viabilize. o Lula símbolo se atira nos
braços do povo, de onde jamais deveria ter saído, desde as memoráveis assembleias
da Vila Euclides, passando pelas Diretas Já e a campanha de 1989. o Lula
símbolo é aquele com o qual o povo se identifica como "um dos
nossos". e aqui está o ponto crucial: não se trata de "nos
representa", e sim "é um dos nossos". então surge a insuperável
contradição, embora seja autenticamente "um dos nossos", não é assim
que o Lula político pensa e age efetivamente. o Lula político sempre se impôs e
manipulou o Lula símbolo. mas quanto mais se atira nos braços do Povo
Brasileiro, mais o Lula símbolo se fortalece. em situações limites, como a que
vivemos com o golpe, as contradições se acirram e tendem a um desenlace;
vai uma
cervejinha aí? vivemos os mais perigosos dos tempos: a queda inexorável de um Império,
o mais poderoso Império já constituído em toda a História: o Império do Caos. este Império está ruindo. sofremos no Brasil
os impactos desta queda. como era previsível, Trump falhou miseravelmente em drenar o pântano e fazer com que o Império voltasse a ser uma nação entre
as nações, ainda que numa posição hegemônica. Trump foi a última tentativa do
próprio establishment de resgatar os EUA enquanto nação, mas para isto o Império deveria se sacrificado. só pelo
lema "America First" os EUA seriam grandes novamente. ao invés disto,
o Império vai destruir o que restou dos EUA, inclusive, lá como aqui, a
legitimidade residual do sistema político. os EUA estão experimentando em sua
própria casa aquilo que o Império
tanto e tantas vezes já fez pelo mundo. na demolição controlada do Brasil o
Comando em Chefe do golpe é um Comitê Anglo-SioNazi. jamais poderiam admitir que o Brasil se
tornasse um dos principais tijolos dos BRICS, para a construção de um mundo
multipolar. daí o atual presidente do BC brasileiro, nascido em Israel e
onde viveu até os 10 anos de idade, e o Ministro da Fazenda Henrique Meirelles
com sua cidadania
norte-americana. assim como o mais rico dos
banqueiros do mundo ainda é um desconhecido para a maioria de seus
“compatriotas” brasileiros, são hoje propriedade do bilionário Lemann três dos
mais tradicionais ícones da economia dos EUA: Burguer King, Budweiser e Heinz.
Cunha e Temer, com sua gangue de ladrões e os mais de 300 picaretas no
Congresso e no Judiciário, são apenas a ponta do iceberg do Deep State no Brasil. os CEO são: Lemann, Armínio
Fraga, Goldfajn, Safra, Setúbal & Marinho, Steinbruch, Henrique Meirelles;
enfim, o caos e o
banho de sangue. prossegue em estado avançado a decomposição do Brasil, um país em vias de
desaparecimento. para viabilizar o Pacto
à la Brasil, nenhum preço é alto demais. por toda parte e vinda de todos:
traição é o nome deste jogo jogado. a Ex-querda prossegue com sua política como se estivesse
negociando algum tipo de acordo, mas que na verdade nunca esteve em qualquer
mesa de negociação, pois o outro lado não quer mais negociar, quer rendição
incondicional e extermínio completo. nenhuma surpresa com a delação de Palocci,
é apenas o coroamento de toda uma trajetória de traições sucessivas que desde
1989 o Lulismo comete. a "classe
média" Lulista debita os maiores problemas políticos brasileiros à própria
"classe média", da qual se julga não fazer parte, e a Globo, a qual
está sempre assistindo em suas muitas TV espalhadas pela casa. é o melancólico
resultado de 13 longos anos infantilizando e pauperizando o debate político. o Império enlouqueceu definitivamente.
novo crash financeiro se aproxima, ainda mais violento do que em 2008. o
capital fictício girando no mercado altamente especulativo precisa se fixar em
ativos concretos. por isto o Brasil foi colocado à venda: todo um continente a
ser expropriado e ocupado. em julho de 2017: “As
As operações overnight corresponderam
a 98,3% do total das operações compromissadas, com médias diárias de R$1,1
trilhão e de 6.284 operações.”. terra, água e energia são os ativos
cobiçados para neles ancorar o capital improdutivo. vai ter fome, violência, caos social, desagregação, doenças. o Brasil
ruma para se tornar um mix de Grécia, Colômbia e Síria. arruinados pelo mercado
financeiro especulativo, dominados pelo narcotráfico e destruídos pela guerra
civil. não esperem pelo banho de sangue. porque desta vez, por toda parte, o
sangue já está jorrando pelas veias abertas do Brasil. e a realidade chegou
naquele ponto que deixa humilhada a mais fanática das teorias da conspiração.
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