07/06/2019
sobre o atual "Beco sem
Saída" institucional:
1. há um completa ruptura entre
poderes constituídos e o Poder Instituinte: a Soberania Popular anterior
ao Poder Constituinte, da qual este emana;
2. Executivo, Legislativo, Judiciário e MP estão
despidos de qualquer poder emanado do povo, e se alinham a serviço de um único
poder: o econômico;
3. está em farrapos o véu hipócrita com o qual
se recobriam os poderes constituídos. colocados a nu, nada mais oculta sua
origem sórdida: um duplo golpe imposto pela força e sem qualquer legitimidade.
4. primeiro o Golpeachment, cassando as
Eleições de 2014. em seguida, a fraude das Eleições de 2018:
tanto pelo impedimento da
candidatura Lula, quanto por uma campanha manipulada por fake-news e
financiamento ilegal;
5. uma institucionalidade em decomposição não pode ser regenerada senão
pelo próprio Poder Instituinte. ou
seja: o Poder Popular. e Poder Popular não é criado pelo voto,
somente pela luta;
6. não haverá nenhum retorno automático a uma limitada Democracia Representativa e ao finado Estado Democrático de Direito. já não há
saídas fora do Poder Popular;
7. temos diante de nós dois portais: ou entramos num regime abertamente autoritário,
com um Estado de exceção materializando alguma forma de neo fascismo. ou
radicalizamos o compromisso com a Democracia, refundando uma República
autenticamente baseada na participação popular;
8. a construção de um portal de entrada para um novo ciclo emancipador só
se concretiza por meio da luta: travada nos locais de moradia, trabalho e
convivência, mas integrada num amplo movimento de massas em âmbito nacional;
9. é no processo de suas lutas concretas por pautas concretas que pessoas
concretas experimentam o Poder da
Comunidade. chegando então a compreender como o local e o global são apenas
duas perspectivas de uma mesma luta: viver uma vida que valha a pena ser
vivida;
10. uma Democracia sólida e com instituições fortes decorre da permanente
atuação do Poder Popular. inclusive em
seu aspecto destituinte. é ao se auto-organizar que a sociedade muda a si
própria, através de uma Práxis Instituinte.
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