14/10/2016
com o processo do golpeachment, a lumpenburguesia brasileira decidiu ter
chegado o momento de eleger um outro povo através de uma
Democracia sem voto. o véu constituinte foi rasgado para revelar tragicamente a
farsa institucional: todo poder se institui através de um golpe de força.
a macabra face dos conquistadores está definitivamente exposta. sua
guerra de extermínio contra a Constituição de 1988, uma cruzada para aniquilar qualquer
futuro para o Brasil como nação soberana, na qual todo poder emana do povo.
nesta invasão bárbara para recolonizar o país sob a hegemonia da Tirania
Financeira global, a patologia do modelo de representação política atinge seu
estágio terminal.
o Congresso Nacional foi usurpado por uma horda fisiológica eleita pela
promíscua coalizão do quociente
partidário com o financiamento empresarial. dos 513 deputados federais,
só 36 foram eleitos unicamente com votos próprios.
por não representarem o eleitor e serem completamente tributários de um
sistema político falido, se explica a votação
pelo congelamento por 20 anos dos investimentos públicos em saúde e educação. uma
emenda constitucional que nunca seria legitimado pelas urnas, mas claramente
proposta na plataforma dos grandes financiadores de campanha.
não há, portanto, nenhuma “traição” a nenhum “eleitorado”. e sim uma
rígida fidelidade aos verdadeiros donos dos mandatos.
as mega doações efetuadas pelo grande capital são investimentos com alta
taxa de retorno, cuja segurança jurídica é garantida por togados vitalícios
absolutamente incorruptíveis. mesmo cercados pelos escombros da legalidade é
impossível induzi-los a fazer Justiça.
nunca fomos uma nação. e já não somos um país. o BrasilPar é hoje uma gestora de participações acionárias em
diversas empresas e empreendimentos, uma holding estrategicamente associada a USA Incorporation.
foi com estes proprietários da política e donos da justiça que o Lulismo pretendeu consolidar sua pax
social. esta é a “governabilidade” resultante da conciliação permanente do Lulismo. um mundo no qual a justiça
social é balizada pelo direito penal sob o lema: mais presídios e menos universidades.
a herança maldita do Lulismo é
uma nova versão do empreendedorismo colonial dos Bandeirantes, o povo superior da
“raça Planaltina”, em busca do
Eldorado do genocídio dos índios e do holocausto da natureza.
mais uma guerra de conquista. não apenas pelo território, para saquear
seus recursos naturais e financeiros, mas principalmente para se apropriar de
nossos corações e mentes.
uma reconfiguração
completa das subjetividades pelo modelo empresarial de concorrência e
desempenho, sob uma lógica de mercantilização da vida.
os atuais missionários catequizam através da pregação do fundamentalismo
de mercado, para converter todos os povos da terra ao capitalismo como
religião.
no Brasil, a santa inquisição é promovida pela Lava Jato & Associados, com sua tábua de salvação com os 10
mandamentos para purificar o capitalismo caboclo do pecado da corrupção.
como se já não estivesse perdida desde sempre a alma de um sistema no
qual tudo tem um preço. tudo se vende e tudo se compra. a seita diabólica dos
adoradores do deus-dinheiro.
esta é uma guerra não restrita a uma imposição de projetos de país e de
políticas de estado. padecemos os horrores de uma guerra de mundos. o admirável
mundo novo do neoliberalismo global contra todos os demais.
não há acordo. nunca houve acordo. jamais haverá acordo.
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