01/09/2018
se fosse num baile à fantasia, quem venceria a
eleição como o personagem mais fake: Alckmin fantasiado de sertanejo ou Haddad
travestido de Lampião?
o mais autêntico finda sendo BolsoNazi,
com sua cola de Lula rabiscada na própria mão...
após um duro e inevitável acerto com suas
memórias no cárcere da Lava Jato & Associados, José Dirceu enfim
reconhece o óbvio:
"Nós já conhecemos a nossa elite: não tem pudor nenhum de governar
pela força. Não nos iludamos."
"Nós temos que criar um forte, poderoso, grande movimento de massas
no Brasil."
"Nós não temos poder econômico, não temos poder militar, não temos
as instituições. E vamos governar? Só seremos capazes de fazê-lo se tivermos
força popular"
"Hoje eu me arrependo, porque o Frei Betto queria criar os Conselhos
do Fome Zero. Aí começou aquela discussão que a direita e a esquerda adoram
“mas e a Câmara Municipal? E o Poder Legislativo? … Podíamos ter hoje 10 ou 20
mil conselhos … Não teria acontecido o que aconteceu."
se antes tarde do que ainda mais tarde, como
um quadro dirigente com a formação e a experiência de José Dirceu pode se
enganar tanto?
é verdade! o poder embriaga, corrompe, cega,
envenena... e mata.
mesmo assim, por que constatações tão tardias vindas
de quem ficou 13 anos no governo, após 23 anos, desde a fundação do PT em 1980,
de preparação para ocupá-lo?
afinal, por que Lula se deixou conduzir
voluntariamente para uma prisão tão injusta quanto desnecessário de a ela se
submeter?
por que não se abrigou numa Embaixada, se
desde seu sequestro ("condução coercitiva") em 04-MAR-2006 sua
condição se caracterizava claramente como de perseguido político?
como foi possível Dilma se deixar expulsar do
governo de forma tão apática e obediente?
por que Dilma jamais de fato se envolveu na
luta para recuperar seu mandato, chegando ao ponto de validar o golpe ao se
candidatar a Senadora?
por que militantes e apoiadores do Lulismo
jamais conseguiram ver por si mesmo aquilo agora tão obviamente exposto por
José Dirceu?
por que tanta resistência a se encarar perplexo no espelho para desmascarar a si mesmo,
libertando-se do auto-engano e da negação da realidade?
o que fica a nu quando se vão as máscaras?
quando cai a bisonha fantasia de Alckmin surge
a face de Bolsonaro, já com apoio declarado de boa parte do lumpen-empresariado
brasileiro.
do mesmo modo como em 1989 elegeram Collor,
agora não terão qualquer escrúpulo em relação a BolsoNazi. tudo, menos o
povo no poder.
e BolsoNazi é a cara nua, lavada e
despudorada da lumpenburguesia brasileira.
aquele mesmo grande empresariado uma vez promotor
de orgias nas tardes de sábado na OBAN (Operação Bandeirantes), usando então o
suplício dos torturados como um estimulante para melhor se excitarem
sexualmente.
não existe Direita civilizada no Brasil.
apenas bárbaros e selvagens predadores da renda e do patrimônio público, cujo
prazer pervertido é obtido pelo repetido estupro do Brasil e de Nós, o Povo.
sempre servil aos seus sócios majoritários internacionais,
o projeto de país da lumpenburguesia brasileira é neo-colonial e
semi-escravagista.
sem a ela impusermos uma fragorosa derrota
histórica, continuaremos oprimidos como escravos e descendentes de escravos,
com a economia permanentemente parasitada por interesses externos.
Haddad tenta em vão ser a máscara de uma
Esquerda palatável a este lumpen-empresariado.
como ficou mais uma vez provado pela
experiência do Lulismo no governo, quanto mais palatável também mais
fácil de ser devorado.
e não pode ter resultado diferente qualquer
tipo de "pacto civilizatório"
firmado com necrófilos.
a atual estratégia eleitoral do Lulismo
e do PSDB de Alckmin é exatamente a mesma: uma extrema polarização no segundo
turno com BolsoNazi.
quanto mais preferem enfrentar Bolsonaro, mais
fácil se torna para este a tarefa de consolidar seu próprio eleitorado. pois a
dupla polarização lhe serve com perfeição para autenticar sua máscara de
candidato outsider e anti-sistema.
com a cassação dos direitos políticos de Lula,
encarcerado sem provas mas também sem resistência, resta ao Lulismo mais
uma admissão atrasada de mais um erro de análise de cenário.
sempre tarde demais.
mesmo se houver o milagre da multiplicação dos
votos de Haddad por obra e graça do capital eleitoral de Lula, como governar
sem um amplo e capilarizado movimento de massas dando sustentação ao mandato
com o Poder Popular?
seja como for, o Lulismo pode também estar
no rumo de uma destas cruéis ironias da História, colocando-o numa pavorosa escolha:
votar nulo, por coerência com "Lula ou Nada!", ou o voto útil em
Alckmin, para evitar o "mal maior" Bolsonaro.
talvez ainda mais
pavoroso seja votar em quem Lula indicou, sempre com profundo desprezo e
desrespeito por suas bases sociais de apoio, as quais nunca deixou de tratar
como meros currais eleitorais puxados docilmente pelo cabresto.
um bem comportado poste boa pinta, cujo
determinado enfrentamento ao Golpeachment resume-se em sua célebre
declaração “golpe é uma
palavra um pouco dura”.
a falta de carisma
de Haddad Paz e Amor talvez só seja superada por Dilma
Mãe do PAC e Pai dos Empresários Companheiros.
sua capacidade de
empatia com os pobres é quase tão insossa quanto o gélido picolé de chuchu
Alckmin.
indagado sobre a
descriminalização da maconha, num arroubo de coragem e sinceridade não hesitou:
"Experimentei
quando era jovem".
como quase todo
político paulistano, Haddad tem um futuro promissor de nenhuma viabilidade
nacional, pois concebe o Brasil por SP, em SP e para SP.
sua maior vocação
é a absoluta desenvoltura para encontros com a FEBRABAN, grandes empresários e
comandantes militares.
como quase chegou
a reconhecer FHC, Haddad seria um excelente candidato... para o PSDB.
afinal, em evento
no BTG Pactual, o poste boa pinta defendeu "sem preconceitos"
Alckmin, do qual nunca viu "nenhum empresário sequer sugerir uma
conduta equivocada".
BolsoNazi e a crise
de representação agradecem.
se agora está definitivamente desmascarado que
"Eleição sem Lula é FRAUDE!", nunca antes neste país também
ficou tão visível: "Eleição é farsa!".
"Estamos vivendo uma eleição ‘sob controle’. A campanha está
proibida."
"A Justiça Eleitoral permitiu que os candidatos financiem campanhas
com recursos próprios. Isso significa o retorno do financiamento empresarial. É
o poder que vai ditar essa eleição. Basta andar pelo país para ver que a compra
de votos atingiu um nível avassalador."
"Diminuíram o tempo da propaganda eleitoral e a Globo dobrou o tempo
com os candidatos. Os jornais, as revistas, televisões e rádios vão dobrar o
horário que elas vão dizer como votar e em quem votar."
"A eleição não vai resolver o problema do país. O problema do país é
um problema de raiz, estrutural. "
"Estou propondo que a gente tenha força de massa, política,
consciência política capaz de confrontar isso."
vídeo: Zé Dirceu volta para a peleja
vídeo: Haddad encontra parentes de Lula em Garanhuns
vídeo: Alckmin e as "cabras" arretadas
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