o ponto cego: desconstruindo Lula (3)
mesmo sob ataque cerrado da campanha oposicionista, Lula prossegue desfrutando de índice recorde de aprovação de seu governo. o Presidente-candidato não está nem aí e já avisou: “deixa bater à vontade...”
a verdade é que Alckmin como demolidor de Presidentes saiu-se quase tão bem quanto em sua gestão da segurança pública de SP. nos dois casos mostrou exemplar falta de talento para desempenhar a função proposta.
Heloísa Helena, por sua vez, bem que gostaria de vomitar repetidas vezes em cima do Presidente. afinal, mesmo ainda não sendo tecnicamente rico, ele sempre foi suficientemente ordinário. lamentável a candidata do P-SOL não dispor de tempo bastante para isto.
quando FHC se encarregou, ele próprio, de fazer rufar os tambores da guerra, ordenando incendiar o palheiro, tinha em mente algo mais que o fogo de palha obtido.
a sede de sangue dos patriarcas do PFL não foi saciada. estes acreditaram piamente que, para virar o jogo a seu favor, bastaria xingar Lula de “ladrão”. no fundo, o que não suportam é a quebra do monopólio da corrupção. algo que detinham pelos últimos 500 anos.
o eleitorado pobre se identifica com Lula e ao olhar para Alckmin vê a cara do patrão. o raciocínio é simples: ladrão por ladrão, é melhor que seja um da nossa turma que conseguiu chegar lá.
o ponto cego das oposições é não compreenderem que, apesar do apoio maciço recebido pelas camadas de baixa renda, Lula detesta “pobre”.
Lula é daquele tipo de gente que usa as pessoas quando e como lhe convém, e não tem escrúpulos em se livrar de quem já não lhe é mais útil. Lula sorri pela frente enquanto esfaqueia pelas costas. com uma das mãos concede o Bolsa Família e com a outra mantém o beneficiário num estado de permanente miséria.
seu interesse pelos “pobres” é tão autêntico quanto sua lealdade aos companheiros de partido. seus abraços nos eleitores de baixa-renda são como beijos de Judas.
Lula agora está tomando gosto por apanhar. como baixou a guarda, é o melhor momento para acertá-lo de jeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário