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um de nossos maiores problemas atuais: a inadequação das formas de luta e
organização frente ao atual estágio do Capitalismo.
• a origem desse problema é de um diagnóstico incorreto da crise.
• quando a hipótese de queda tendencial da taxa de lucro foi formulada, não
havia série histórica de dados acumulados suficientes, mas hoje os gráficos
estão disponíveis e a comprovam.
• apesar da função contra-tendencial da mais-valia relativa (portanto da
produtividade não basta produzir valor, ele precisa ser realizado no momento da
venda.
• ao ser depreciada a taxa de lucro por unidade produzida, a quantidade total a
ser absorvida no atacado gera crises de superprodução, inclusive pela contração
do poder de compra geral dos salários (causada pela redução de custos com mão
de obra) .
• além disto, também a relação entre mais-valia absoluta e relativa é de
inter-dependência, sendo o mais emblemático exemplo atual o Vale do Silicio e
as swetshops asiáticas.
• estas contradições intrínsecas não são auto-corrigidas pelo próprio
Capitalismo, muito pelo contrário como ensinam as suas cada vez mais
destrutivas crises, que apenas por curto período interrompem a queda da taxa de
lucro geral do sistema.
• portanto, o Capitalismo não vai se dissolver em pleno ar, precisa ser
derrotado, tampouco se trata de alguma catástrofe futura, pois a catástrofe é o
próprio processo de acumulação do Capital.
• vivemos atualmente situação semelhante ao período entre a Crise de 1929 e a
eclosão da II Grande Guerra, incapaz de se auto-reciclar o Capitalismo exige
maciça destruição de forças produtivas, mas desta vez o arsenal nuclear
possibilita um aniquilamento total.
• ao mesmo tempo ressurgem manifestações dos fascismo, com sua mais evidente e
nefasta metamorfose atual ocorrendo na China.
• a Crise de Hegemonia no Brasil nada mais é do que expressão localizada de um
Crise de Hegemonia global, os anos dourados do Capitalismo ficaram
definitivamente para trás, não há nenhum jogo ganha-ganha, muito menos no
projeto chinês das Novas Rotas da Seda.
• frente a este cenário devastador, o conjunto das Esquerdas, em todo seu
espectro, se mostra claramente perdido no tempo e no espaço.
• as formas de luta e de organização estão defasadas, desde uma simples
manifestação até a concepção de como seria a Revolução no séc. XXI.
Por onde vamos? Só haverá caminho por fora do roteiro imposto pelo Capitalismo.
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