forte com os fracos e fraco com os fortes, pisoteando os de baixo e se
curvando para os de cima, o Poder Militar
brasileiro se notabiliza por sua impotência.
impotente para constituir-se como o "braço
forte, mão amiga" e o "escudo
e a espada" do Povo e da Nação,
tem se prestado historicamente em ser a milícia privada do grande empresariado,
a Garantia da Lei e da Ordem para o
Capital.
assim como a Ditadura que os pariu, seus Porões foram um empreendimento civil-militar. financiados pelos
grande empresários de São Paulo Ltda., comandados pelos Generais, sob gestão local dos
Coronéis e execução operacional a cargo dos Delegados.
qual o segredo oculto na Casa da Morte?
os porões da Ditadura jamais poderiam operar sem bater continência aos Generais
Ditadores, e muito menos sem o patrocínio dos grandes empresários.
Bolsonaro é o Capitão do baixo-clero da
tortura: sargentos, policiais, milicianos, grupos de extermínio, esquadrões da
morte.
Mourão é o General do grande capital: esta
lama tóxica que expropria e destrói nossos recursos minerais e humanos.
sempre foram muitos em nossa História os "Cidadão
Boilesen", uma síntese emblemática do estrangeiro
naturalizado brasileiro, para otimizar um projeto extrativista viabilizando-se
pela tortura sistemática do Povo
Brasileiro.
a ancestral tragédia brasileira mais uma vez se repete, agora como uma
farsa de papéis invertidos: um Capitão-Presidente e o General-Vice. ambos a serviço de um setor dominante sócio
minoritário dos interesses internacionais.
o encontro de
Mourão na FIESP sela a reedição do pacto maldito entre as elites: “O governo Bolsonaro precisará enfrentar
medidas antipopulares para que o Brasil progrida a longo prazo”.
as mesmas “medidas
impopulares” rejeitadas
por quatro vezes nas urnas, e para cuja aplicação foi necessário o Golpe de 2016.
contudo,
a superação das consequências sociais, econômicas, políticas e institucionais
do Golpeachment exige,
paradoxalmente, a aplicação de “medidas
populares”. ou seja,
fazer o grande Capital pagar o pato de uma crise por ele gerada.
os
Generais estão
diante desta esfinge. não há como
decifrá-la sem também a devorar. e não há como devorá-la sem devorarem a si
mesmos.
no plano externo, a impotência do Poder
Militar brasileiro nunca antes neste país foi tão imensa.
em perfeita sintonia com a política bolsonariana de total submissão
servil aos EUA, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil se valeu de
entrevista à mídia estrangeira para ameaçar em tom de ultimato: "os militares russos que se encontram na
Venezuela deveriam deixar o país se estiverem lá para sustentar a permanência
de Nicolás Maduro na presidência".
por sua vez, os russos, com seu passado heróico de históricas vitórias
contra Napoleão e Hitler, e atualmente na Síria impondo uma dupla humilhação aos
EUA e Israel, houveram por bem serem cautelosos para não ignorarem a impotência
do Poder Militar brasileiro, cujas mais
recentes façanhas militares foi naufragar no atoleiro do Haiti e no lodaçal da intervenção no Rio de Janeiro.
apesar da potência verbal do Chanceler Ernesto Araújo, capaz de terraplanar
"o fascismo e nazismo como fenômenos de Esquerda", as forças russas desembarcadas
na Venezuela sob o comando do
General Vasily Tonkoshkurov lá ficarão pelo tempo que for
necessário.
talvez o tempo suficiente para os
Generais tomarem consciência da impotência do Poder Militar brasileiro... ou não...
afinal, os Generais dão provas
de estarem perdidos no túnel do tempo, em algum lugar do passado ainda em plena
Guerra Fria, com a ordem do dia
pautada por comemoração ao incessante combate a um anacrônico inimigo interno: "os vermelhos Comunistas".
os Generais acalentam o sonho impossível
de pertencer à OTAN, para assim ficarem "protegidos" e terem as
FFAA "modernizadas". nenhum escrúpulo é suficiente em seu alinharento
incondicional aos EUA, o qual ainda concebem como suprema potência hegemônica e
não Imperium decadente em
decomposição.
afinal o que os Generais querem? se
manterem perenemente como Capitães do Mato encarregados locais da
implementação da Doutrina Monroe no quintal brasileiro?
num Brasil colocado no epicentro de uma Guerra Mundial Híbrida, rapidamente ultrapassando os limites
de Guerra de 4a. e 5a. Geração, os Generais irão, de uma forma ou
de outra, atualizar sua doutrina militar para incluir o incontornável conceito
de Guerra de Mundos.
a cobra vai fumar? se depender dos Generais, sim! com a ressalva de
sermos sempre nós aqueles que tomam fumo.
o que pretendem os Generais acerca dos
nossos dois mais urgentes problemas: endividamento e renda?
fazerem ordem unida sob a voz de comando do
super-Ministro Paulo Guedes, com sua receita de aprofundamento
ultraliberal do austericídio?
perpetuar seus serviços a um setor dominante anti-Povo e
anti-Nação, este sim o autêntico inimigo interno a ser combatido?
os Generais agem como se tivessem opção. mas não têm...
nenhum de nós tem...
se há algum ponto positivo na Lava Jato &
Associados é expor à luz do meio-dia os crimes da lumpenburguesia brasileira, comprometida
historicamente com a pilhagem do meio-ambiente: natureza e população.
ou o grande empresariado é responsabilizado por seus crimes,
dos quais o rompimento das barragens da Vale são emblemáticos, ou continuaremos
aprisionados numa crise sem fim, da qual nada e ninguém sobreviverá.
caso os Generais não cumpram com as
demandas históricas de libertar o Brasil de uma lumpenburguesia neo-colonial
e semi-escravagista, mesmo assim a Guerra de Libertação será
travada. mas será ainda mais brutal e traumática.
provavelmente os Generais ainda não se
deram conta, mas marchamos de mais uma onda BolsoNazi, de tantas em
nossa História, em direção ao momento Geisel, e deste ao momento Chávez.
déjà-vu.
p.s.:
"Nós não
podemos fazer frente a ninguém! Se um país importante aí, bélico, nuclear,
quiser aqui impor sanções a nós ou quiser, quem sabe, até partir para uma
guerra de conquista — eu sei que hoje em dia isso quase não existe —, mas
queiram usar do nosso país, as nossas Forças Armadas têm um poder de reação um
tanto quanto pequena."
.
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