02/03/2017
“eu vi as notícias de hoje, cara. sobre um
executivo rico. apesar de não ser muito legal, eu tive que dar uma risada
quando olhei a fotografia. ele esticava sua cabeça abaixada para fora de um
carro. não havia notado que as coisas tinham mudado. a matéria deu milhares de
views. mas nem todos que liam sabiam ao certo do que se tratava.”
um dia desses – a day in the life - 22/06/2015
“Eu não era o dono
do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo.”
Marcelo Odebrecht - 01/03/2017
a esquizofrenia política brasileira segue insuperável.
Lulinha Paz e Amor, o grande líder
do acordo e do conchavo, em cujo período
de governo com indecoroso orgulho satisfazia-se em proclamar que “nunca os bancos ganharam tanto dinheiro”,
deveria ser a liderança ungida pela plutocracia brasileira, como o único capaz
de promover a pax à la Brasil, numa conciliação pós impeachment
inconstitucional. o definitivo golpe dentro do golpe. o golpe final selando o
pacto de salvação nacional das elites.
mas não. é frontalmente rejeitado pela lumpenburguesia, empenhada numa
feroz campanha através da MídiaGlobal
para ao menos torná-lo inelegível, e se possível jogá-lo num dos calabouços da Lava Jato & Associados.
por outro lado, aqueles cuja inegociável bandeira de luta deveria ser a
anulação do golpeachment, são
justamente os obsessivos defensores de Lulinha
Paz e Amor como o Salvador da Pátria,
mesmo sabendo de sua completa inapetência para tal, pois não tem nem o vigor
físico, nem o perfil psicológico, nem a postura política e muito menos a
estatura ética para liderar a guerra pela libertação do Brasil.
mas já não se trata de política. há muito tempo é apenas business.
um PT Empreendimentos, com toda
sua ramificação societária, viciado nos cargos comissionados, nas verbas
oficiais, no marketing e nos patrocínios, no caixa 2 de campanha, no vai e vem
pela porta giratória entre o público e o privado.
uma lumpenburguesia sociopata, nostálgica das capitanias hereditárias, da
pilhagem sem fim, da escravidão e do colonialismo. atavicamente incompetente de
plasmar qualquer projeto de país, pois incapaz de definir sua própria
identidade.
sempre errante entre os Temer e os Aécio, os Dória e os Bolsonaro, os FHC
e os Serra, os Collor e os Maluf, os Sarneys e os Tancredo, os Jânios e os
Lacerda, entre Higienópolis e Miami, entre Panamá e Genebra, entre a av.
Paulista e Langley.
vestindo muitos disfarces de si mesma. máscaras e máscaras, sobrepondo-se
infinitamente para tentar ocultar jamais ter possuído um rosto autêntico, uma
fisionomia concreta, um projeto próprio. sempre tomando por verdade suas
próprias mentiras. apenas um tosco, vulgar e incompleto plágio de si mesma.
se a Lava Jato & Associados
é uma arma de destruição em massa, dentro da estratégia da guerra sem fim promovida pelo Império
do Caos, seria de uma ingenuidade primária supor que sua estruturação, e seu
Centro de Comando e Controle, estão sob a jurisdição desta patética
lumpenburguesia brasileira.
por outro lado, é igualmente ingênuo e primário persistir enquadrando a
geopolítica internacional no obsoleto modelo da Guerra Fria. já não existe aquele
EUA da era dourada do Capitalismo, no pós II Grande Guerra.
afinal onde hoje se localiza o cerne do poder nos EUA? na Casa Branca? no
Departamento de Estado? no Pentágono? em Wall Street? nos lobbies das mega
corporações?
os EUA já não são mais um país, converteu-se no lar do bravo
individualismo em duelo por negócios. tudo e todos são apenas business. e este
negócio tem nome.
USA Incorporation é controlada nas
sombras pelo Deep State, cujo
principal negócio e fonte de financiamento é o tráfico: drogas, armas, órgãos,
pessoas, minérios raros, o próprio petróleo, material genético, produtos
falsificados, informação, influência e, claro, dinheiro – a maior máquina
mundial já montada de lavagem de dinheiro.
no submundo do Black Market o
narcotráfico já é a segunda maior economia global, ultrapassando o comércio
legal de petróleo e gás e apenas superado pelo negócio das armas. com o
Afeganistão como o grande exemplo atual de como USA Incorporation, através da indústria das guerras, estabelece o
ambiente de negócios para a expansão do narco-business.
não seria exatamente um exagero considerar toda a economia formal como
mera fachada para um vasto e profundo mercado negro mundial, do qual o sistema
financeiro faz a legalização dos lucros e deles se apropria em sua quase
totalidade. ou seja, o Black Market é
propriedade da Tirania Financeira Global.
é nestas raízes profundas do Deep
State e de USA Incorporation, e em
sua ramificação pela lumpenburguesia brasileira, que se encontrará o mapa do
caminho do golpeachment. seus
formuladores, seu objetivo, sua estratégia, seus patrocinadores e seus
operadores. todos integrantes do mega cartel globalizado do grande business
mundial.
não haverá reconstrução da democracia no Brasil sem enfrentar este
desafio: dragar o atoleiro. a mesma
lama apodrecida a ser drenada no pântano
dos EUA.
mas quem poderá fazê-lo? se o que todos ainda desejam é business, as usual...
“Killing Them Softly” - Ending Scene ( With
Subtitles )
.
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