22 janeiro 2017

trapaças da sorte

22/01/2017


Barroso, Ministro do STF, sobre a morte de Teori Zavascki

o Exmo. Sr. Dr. do $TF com seu perfil de “imparcial”, “íntegro”, “discreto”, “reservado”, “sóbrio” e “fechado” era um perfeito ator para o personagem que desempenhava no Xadrez do golpe.

pego numa “trapaça da sorte”, a fachada do “homem de bem” veio abaixo junto com a queda do avião, expondo suas ligações perigosas e seus negócios paralelos. para ficar escandalosamente desmascarado que tudo e todos neste golpe são meras fachadas de negócios, negócios e negócios.

o Exmo. Sr. Dr. do $TF foi um dos principais responsáveis pelo golpe, ao permitir que Cunha presidisse a votação da admissibilidade do impeachment, naquela farsa dantesca encenada pela insurreição dos hipócritas no teatro de horrores da Câmara.

o Exmo. Sr. Dr. do $TF também nada fez quanto aos grampos ilegais vazados pela Lava Jato & Associados. naquela fatídica noite, o correto para um “íntegro” e “imparcial” Exmo. Sr. Dr. do $TF teria sido tirar a Globo do ar e prender os responsáveis pelo grampo – que eu, tu, ele, nós, vós, eles, todos sabemos quem são.

não será esquecido. não será perdoado. sempre estivemos aqui. o tempo é nossa matéria. o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

estamos no intenso momento do karma instantâneo. o Exmo. Sr. Dr. do $TF recebeu uma graça dos agentes do destino na forma de uma morte definitivamente simbólica:

- o relator da Lava Jato, esta santa cruzada para moralizar o capitalismo tupiniquim, “morre em uma viagem a passeio no avião particular de um empresário famoso por ser um grande farrista”.

então, a quem interessa?

por que eliminar uma peça de tamanha utilidade para o golpe, tanto por seu justo perfil a respaldar sua iníqua conduta, quanto pelo seu conveniente timing como relator?

por que acrescentar ainda mais instabilidade num cenário já flagrantemente fora de controle?

se “A Lava Jato é maior do que nós”, com certeza é maior do que todos os marionetes deste pérfido teatro de sombras, no qual, pouco a pouco, já não havia mais ninguém manipulando os cordéis, a não ser as próprias trevas.

ainda assim, o eco de uma voz permanece na escuridão: “Que Deus tenha misericórdia desta nação”.

no caos que a Síria se tornou, quem tem as mãos nos cordéis? e na Líbia? no Iraque? no Afeganistão? na economia global pós Crise de 2008? no desmoronamento da Europa? no Brasil do golpe do impeachment?

instalado o caos, seus arquitetos já não tem qualquer condição de operá-lo confortavelmente instalados em algum Centro de Comando e Controle.

como se sentem as marionetes ao se constatarem como tal? ao experimentarem uma amostra grátis de seu choque e pavor? ao se descobrirem como supérfluos e descartáveis?

os golpistas julgavam que o impeachment nada mais seria do que uma barulhenta tarde de domingo na av. Paulista. os adoradores do deus mercado ainda acreditam piamente em sua planilha de  mandamentos do neoliberalismo, o capitalismo como religião.

agora, no tempo presente do karma instantâneo, se julgam vítimas de uma conspiração de circunstâncias negativas. sem saber como se livrar daquilo que eles mesmo criaram, dirigem patéticos apelos de ajuda ao Grande Irmão de Acima.


o poder que dá o golpe, não é o poder que consolida o golpe. mas desta vez, ao se descascar camada por camada, nada há no centro da cebola. um vácuo que só pode ser preenchido de fora, por um outsider. um outsider saído de dentro do próprio sistema.

esqueçam 2018. 2018 será para sempre um ano longe demais. esqueçam algum “salvador da Pátria”, “grande líder” ou “herói brasileiro”. quanto mais óbvio fica que tudo isto não deu, não está dando e não dará certo, mais se tenta uma volta impossível ao passado, ou uma busca de um futuro que nunca existirá.

não há retorno. não há saídas. só resta construir um rota de fuga para a frente. nenhum futuro, apenas um karma instantâneo.

nenhuma grande nação se ergueu, a não ser sobre os alicerces profundos de uma grande guerra de libertação. é nesta guerra que nos encontramos. ou vencemos, ou desapareceremos.

.

Nenhum comentário: