05/01/2017
1. o caminho que nos arrastou até o golpe não será o mesmo caminho para
dele nos libertarmos. não derrotaremos este golpe pela via da política de
gabinete, do acordo, do conchavo, da conciliação, do pacto, da capitulação, da
rendição, da covardia e da traição;
2. o golpe será derrotado nas ruas. ou não será;
3. a lógica política da maior parte da Esquerda institucional está
completamente invertida. não será “Lula
2018”, ou “Lula Já”, e nem mesmo
pura e simplesmente “Diretas”, a
principal arma de luta contra o golpe. tampouco o serão os índices de
popularidade e as pesquisas de intenção de voto. nenhum “grande líder” ou “salvador
da pátria” serão capazes de derrotar o golpe e reverter suas consequências;
4. o golpe será revertido por um grande movimento de massas. ou não será;
5. sem um programa mínimo que seja amplamente apoiado pela soberania
popular, o golpe não pode ser derrotado, tampouco suas consequências revertidas;
6. este programa mínimo deve ser necessariamente encabeçado pela
caracterização do impeachment inconstitucional como um golpe de Estado. um
golpe da plutocracia contra o Brasil, contra a Nação e o Povo. assim sendo, o
impeachment deve ser anulado. todos os golpistas, sejam do Legislativo, do
Judiciário, PGR, MP, empresários, etc.. devem ser responsabilizados. todos os
atos, contratos e decisões do governo usurpador devem ser revogados. e seus
beneficiários devem ser responsabilizados como cúmplices do golpe;
7. o item anterior é o único pacto capaz de restaurar o Estado
Democrático de Direito no Brasil;
8. um hipotético candidato de uma necessária Frente de luta contra o
golpe deve se comprometer publicamente com este programa mínimo. ou seja, em
primeiro lugar vem o fundamento, o programa e a proposta, só então surge o
candidato capaz de viabilizá-los junto com um movimento de massas;
9. não será se escondendo, se entregando às lágrimas, se omitindo da
luta, fugindo das ruas e abandonando os que bravamente enfrentam a repressão
que algum hipotético candidato se gabarita para liderar a guerra de libertação
do Brasil;
10. não haverá nenhum futuro, nenhum Ano Novo, sem nos abraçarmos
fortemente ao tempo presente. sem abandonarmos todas as ilusões. sem uma
radical solidariedade que nos obrigue a seguirmos juntos, de mãos dadas. sem,
enfim, compreendermos que só haverá novos tempos, se dessa vez não fizermos
prisioneiros. só a Antropofagia
nos une! tupi or not tupi. that is the question.
em entrevista ao The Guardian, Dilma também revela a reação de Lula após
a votação da admissibilidade do impeachment, conduzida por Eduardo Cunha: “Ela também recorda a reação do ex-presidente
Lula, que estava junto com ela no momento. "Ele chorou e me abraçou. Ele disse 'chore, Dilma, chore!'.
vídeo: Happy New Year 2017, from Aleppo
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