26/07/2016
após a divulgação da pesquisa na qual 52% querem
eleições antecipadas, apenas 16% apoiarem que Temer fique até 2018, com o governo interino
desaprovado por 48% e o próprio Temer ter 68% de rejeição e 89% considerarem
que o Brasil está no rumo errado;
após os dados corrigidos da
pesquisa Datafolha indicarem que quase 74% dos entrevistados apóiam o “Fora Temer”;
após o MPF se manifestar por as “pedaladas
fiscais” não serem “crime comum nem de
responsabilidade fiscal, tampouco configurar dolo por parte da presidente
eleita ou desrespeito ao Congresso”;
após o Tribunal
Internacional Sobre a Democracia no Brasil, com um júri composto por nove especialistas
internacionais, decidir que “o
impedimento neste caso se caracteriza como verdadeiro golpe ao Estado
Democrático de Direito e deve ser declarado nulo em todos os seus efeitos”
;
após a divulgação das gravações de Sérgio
Machado deixarem claro que impeachment é uma tentativa de pacto à la Brasil para
dar uma solução para estancar a sangria da Lava Jato, e que Dilma sempre foi a
pedra no meio do caminho do acordo de salvação nacional das elites;
após uma seletiva e autoritária Lava Jato ter como resultado anunciado conduzir à
Presidência do Brasil um político impopular, inelegível e incapaz de
resistir a qualquer
investigação isenta, repetindo os mesmo catastrófico desdobramento da
“Mãos Limpas” italiana, em cujo rastro Berlusconi chegou ao poder;
após ficar inegável que o governo interino age como se já fosse
definitivo para executar o programa derrotado 4 vezes nas urnas, um golpe da plutocracia contra os pobres;
após a surpreendente e impressionante vitalidade de um Povo sem Medo que nas ruas se ergueu em defesa
da Democracia, numa ininterrupta
sequência de atos e manifestações;
afinal, por que estamos caindo neste golpe?
por que apesar de Lula e Dilma terem indicado 8 de seus atuais 11
membros, o STF permanece inerte em relação ao impeachment, quando até os
golpistas já assumiram tratar-se
não de um processo jurídico e sim político?
por que a presidente afastada Dilma Roussef, após programar viagens pelo
Brasil para lutar contra o golpe, arrecadando mais de
R$ 725 mil num financiamento coletivo para este fim, decidiu tirar o mês de Julho
como se houvesse entrado em férias em meio ao processo de concretização do
impeachment?
por que Lula, após sua “condução
coercitiva” pela Lava Jato, em 04/03/2016, ter afirmado que: “A partir da semana que vem, quem quiser um discursinho do
Lula, é só acertar a passagem de avião - não de ônibus, porque demora
muito. Estou disposto a andar por este país.”, e ainda assim prosseguir com
sua imutável política de conchavos de cúpula, acordos de gabinete e pactos com
a elite?
por que Marcelo Odebrecht, mesmo condenado a mais de 19 anos e preso
desde junho de 2015, com a própria empresa Odebrecht sendo penalizada, não
divulga a única “delação premiada” que lhe caberia: expor a Lava Jato e o
impeachment como uma intrincada luta política contra os interesses do Brasil,
de suas grandes empresas e de sua população?
por que o Almte. Othon, “pai do programa
nuclear brasileiro”, sob prisão domiciliar e sua condenação pedida
pelo MPF-RJ, não repete suas enfáticas
declarações sobre os interesses estratégicos dos EUA em barrarem as pesquisas
brasileiras na área nuclear, principalmente no que tange as ultra centrífugas para enriquecimento de
urânio?
por que a CUT, o MST e a Frente Brasil Popular não estão convocando para as
manifestações em nível nacional marcadas para 31/07/2016, contra o impeachment e
em defesa da Democracia, mesmo com o recuo
do MBL, cujo ato estava previsto para o mesmo dia?
por que políticos do PT e do PC do B, mas não apenas destes, também do
PSOL, estão privilegiando suas campanhas para as eleições municipais, mesmo num
cenário de golpe e com presos por suposição de prepararem atos terroristas
serem impedidos pelo Ministro da Justiça interino de se comunicarem
com seus advogados?
afinal, por que estamos caindo neste golpe?
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