18 junho 2020

COVID-19: um mundo em colapso





com a prematura suspensão do isolamento social, sem nunca ter atingido o índice necessário para impedir a propagação do contágio, hordas invadem os shopping-centers para se auto imolarem no macabro altar do Deus Capital.

numa crise de abstinência deflagrada pela quarentena, a compulsão pelo consumo se impõe ao instinto de sobrevivência: comprar é preciso, viver não é preciso!

para manter girando os moinhos satânicos do consumo supérfluo é preciso triturar os corpos dos trabalhadores, expondo-os à COVID-19.

trens, metrô e ônibus lotados são os atuais navios negreiros, trafegando das favelas e periferias com uma carga humana cuja perda nunca é excessiva: somos todos descartáveis e de imediata reposição.

com Bolsonaro, os Porões da Ditadura enfim ocupam o Palácio do Planalto, contudo permanece intocado o segredo oculto na Casa da Morte: o DOI-Codi da Ditadura jamais poderia operar sem bater continência aos Generais Ditadores, e muito menos sem o patrocínio dos grandes empresários.

Bolsonaro é o Capitão do baixo-clero da tortura: sargentos, policiais, milicianos, grupos de extermínio, esquadrões da morte.

Mourão é o General do grande capital: esta lama tóxica que expropria e destrói nossos recursos minerais e humanos.

Mourão e Bolsonaro não existem um sem o outro. assim como os grandes empresários não existem sem os dois.

aqueles mesmos grandes empresários acostumados a se reunir nas tardes de sábado na OBAN (Operação Bandeirantes), para em meio a orgias se excitarem com o suplício dos torturados.

assim como a Ditadura que os pariu, seus Porões foram um empreendimento civil-militar. financiados pelos grande empresários de São Paulo Ltda., comandados pelos Generais, sob gestão local dos Coronéis e execução operacional a cargo dos Delegados.

com o regime BolsoNazi e a crise sanitária da COVID-19, nunca como antes a classe dominante no Brasil revelou sua horrenda face. abutres cujo único projeto é a rapina de curto prazo e a manutenção perene do Brasil em condição neo-colonial e semi-escravagista.

perversos cuja fonte de prazer é a permanente tortura do povo e do meio ambiente. sádicos cujo jardim das delícias é o extermínio dos vulneráveis.

há uma parcela da população alinhada incondicionalmente, e definitivamente, com esta classe dominante: com suas idéias, seus valores, seu modo de vida. formam a base social do proto-fascismo brasileiro.

para estes, não há qualquer remissão possível. estão aprisionados um abraço de morte com o mundo agora desmoronando à frente de nós todos. e as ruínas deste mundo serão o seu jazigo.

para nosotros a tarefa premente é erguer outros mundos nas rachaduras deste mundo agora em colapso.

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