02 setembro 2025

Autonomia, NÃO!

02/09/2025
Autonomia, NÃO! 

Em 26 de novembro de 1920, menos de duas semanas após a vitória sobre o Exército Branco, membros do alto comando do Exército Negro, e muitos  de seus comandantes subordinados, foram convidados a uma reunião organizada pelo Exército Vermelho, onde foram presos e executados.

Trotsky foi o mentor desse massacre. Assim como o massacre de Kronstadt. Anos depois o efeito bumerangue retorna a León sob a forma da machadinha de Ramon...

Quando a derrota se configurava para o Exército Vermelho, a Makhnovtchina (o Exército Negro) irrompeu pela retaguarda dos czaristas e, com seu então inovador conceito de guerra de movimento (a partir de uma ágil e fortemente armada cavalaria), desfechou um golpe estratégico no Exército Branco, selando o destino da Guerra Civil.

O ucraniano Nestor Makhno foi o gênio militar organizador da Makhnovtchina (na qual os oficiais eram eleitos) e mais tarde inspirador da Coluna Durruti, na Guerra Civil Espanhola.

Junto com cada ascensão do Fascismo, como na Ucrânia ou na Espanha, se ouve o grito mudo de uma revolução asfixiada.

Como são estranguladas as revoluções? Sempre com a decisiva participação de seus grandes inimigos: os burocratas oportunistas e os pelegos conciliadores. 

《Os conselhos eram assembleias de base com funções de discussão, deliberação e execução, desprovidas de hierarquias fixas, porque os soldados ou os operários podiam em qualquer momento revocar o mandato dos delegados eleitos e, portanto, não alienavam o controle exercido sobre a luta. Foi a antecipação de uma sociedade nova, uma revolução no sentido real do termo, que ao mesmo tempo ultrapassava a divisão entre nações e remodelava as formas de organização social.》

Autonomia não é um conceito abstrato, e sim a forma como a Revolução se materializa num processo de organização popular autônoma pela base.

Cabe a Vanguarda Revolucionária identificar essas instâncias e promover a articulação entre elas, agindo como tecido conjuntivo das lutas. 

Comentário ao artigo:
Um manifesto incómodo. 2 

Nenhum comentário: