Todo dia é Carnaval!
No centro do núcleo do processamento de financeirização da economia brasileira, o Capital suga sangue de todos os poros. Os nossos poros e o nosso sangue.
Abril/2025
《As operações overnight corresponderam a 99,7% do total das operações compromissadas, com médias diárias de R$2,0 trilhões e de 9.933 operações. 》
A máquina mercante colonial se atualizou como transferência maciça de renda e patrimônio através da SELIC.
Já não é mais necessário o canavial, tampouco a mão de obra escrava e o feitor lusitano, basta o BACEN.
E muito menos o açúcar se produz. Tudo é engolido pelo buraco negro do overnight.
Bem desagradável... para quase todos. Quem paga esse Carnaval permanente? Afinal, de graça é só o sobre-trabalho.
Mas, segundo Financial Times e The Economist (junto com seus leitores fiéis) não há alternativa possível.
Lula: milagres que não se realizam
• Pleno sub-emprego
Como sempre o Lulismo divulga uma meia-verdade, exibindo a face conveniente e ocultando a reveladora.
Apesar de no 1° trimestre de 2025 a Taxa de Desemprego estar em 7%, o índice de Subutilização da Força de Trabalho atinge 15,9%. Neste índice se inclui também o subemprego.
Entre a juventude (18/24 anos), o Desemprego é de 14,9%.
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• Alta geração de empregos com baixa remuneração
Ao mesmo tempo em que festeja "recorde na geração de empregos com carteira assinada", o Governo Lula esconde o dado qualitativo e mais importante: o salário médio de admissão é de apenas 1,5 SM.
Como se não bastasse, o salário médio de admissão tem sido menor do que o salário médio de desligamento, caracterizando um achatamento salarial.
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O Lulismo repete a tragédia histórica do Getulismo
《A roda vai parar por produzir demais, abrindo um período de crise e destruição de capital, fixo e variável. Do nosso lado, fome, miséria e morte. Eles vão fazer de tudo para jogar a crise no nosso colo. A nós, cabe levantar e lutar.》
Enquanto o mito do Pai dos Pobres não foi superado, a Esquerda no Brasil girou em falso cavando um abismo sob seus pés.
Getúlio, a Mãe dos Ricos, foi devidamente sepultado pelo ascenso do movimento de massas a partir de 1977 (movimento estudantil), fortalecido pela retomada do movimento sindical em 1978 e a explosão de greves em 1979.
Naquele período até 1989, tivemos a oportunidade de mudar o Brasil.
《Poucos sabem hoje, ou desejam recordar, mas nós estivemos à beira de vencer.》
Fomos derrotados, em grande parte por nós mesmos.
De Collor a Bolsonaro, a lumpenburguesia brasileira encena sempre sua mesma farsa bizarra, mórbida e monstruosa. De FHC a Lulinha Paz e Amor sempre retorna o sintoma do reprimido. Por vezes há um raio em céu azul, como em Junho de 2013.
Como, de novo, levantar e andar no caminho da luta? Talvez só intrépidas trupes possam começar a fazê-lo...
Seja como for, o caminho agora é outro.
Comentário ao artigo: Uma história desagradável
O ciclo econômico brasileiro está chegando ao topo da produção de riqueza e acumulação. Estamos perto do momento em que as relações de produção de acumulação de capital chegarão ao ápice da contradição com as forças produtivas materiais da sociedade.
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