Sair das grandes cidades é necessário, urgente e a única alternativa frente à catástrofe atual, e à todas as demais que ainda vem.
Contudo, um passo anterior se impõe: sair das bolhas nas quais nos condicionamos a viver.
Caso contrário não importa onde estivermos, pois sempre estaremos no mesmo
lugar.
Toda nossa experiência de vida estará restrita ao casulo por nós mesmos mantido
ao nosso redor.
Tudo o que experimentaremos são as paredes espelhadas de uma prisão, mesmo que esta se desloque para lá e acolá.
Nas Redes Sociais e aplicativos de mensagens este confinamento solitário ganha a aparência de hiperconectividade.
Quanto mais pretensamente nos comunicamos virtualmente, mais também deixamos de concretamente interagir.
Quanto mais falamos de nós mesmos, disponibilizando gratuitamente nossa
subjetividade para ser monetizada, mais também se constata que muito pouco
temos de fato a dizer.
Antes de tudo: furar as bolhas.
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