No pátio dos milagres os sinos repicam. Por quem batem?

Pelos milagres jamais realizados? Pelo milagreiro ilusionista?

Por mais de 2.300 vidas perdidas num único dia?

É um tempo em que o uso de máscaras se tornou imperativo de sobrevivência, mas ao mesmo tempo todas as máscaras jazem no chão.

Tudo e todos enfim se mostram como são. Como sempre foram. E como se mostram que sempre serão.

Para nosotros a badalada dos sinos é um derradeiro sinal de alerta.

Nossa jornada deve prosseguir através do vale das sombras da morte.

Os sinos não nos deixam esquecer que sem nos livrarmos de todas as ilusões, também baterão por nós.

Só o Povo salva o Povo!
Avancem! Avançaremos!

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