"Isto é
inegociável para o Brasil. Não temos como negociar. A Democracia, a igualdade a
quebra dos preconceitos. Isto não tem mais como voltar atrás. Isto é um avanço
que temos de cultivar.
[...]
Racial, sexual, o
próprio preconceito social. Todos estes preconceitos, eles tem que ser
vencidos. E a nossa geração, e aí eu vou incluir aí a minha geração, nós
tínhamos esses preconceitos muito arraigados, que foram pouco a pouco, se
demonstrou que isto não tinha fundamento. Isto precisava ser vencido."
Castelo Branco (1964/1967) adotou um política econômica contracionista, marcada
pela internacionalização, superexploração e concentração de renda, além de um
submisso alinhamento automático aos EUA, a ponto de participar com 1.250
soldados da "pacificação" da República Dominicana, em 1965.
embora Geisel tenha vencido muitos "preconceitos" importantes,
faltou romper com dois dos mais decisivos:
- o grande empresariado brasileiro, de modo geral, jamais será parceiro
de um autêntico desenvolvimento nacional com inclusão social;
- nenhum desenvolvimento nacional se viabiliza sem o protagonismo da
participação popular.
“A verdade é que
não estamos diante de uma simples crise, aguda embora,
de reajustamento econômico em larga escala. Enfrentamos uma mudança
estrutural de toda a economia mundial. O Brasil está conseguindo
evitar a estagnação e a recessão.”
véspera do Natal de 1975, em cadeia nacional de rádio e TV
"No que se
refere ao plano propriamente dito, o II PND cumpriu toda sua conturbada
trajetória, como um produto de gabinete, incapaz de obter o apoio, e muito
menos a mobilização de uma sociedade, que não participou de sua elaboração e
não tinha como controlar sua execução.
[...]
O que fracassou foi
a chamada "estratégia social", de acordo com a qual seria necessário
"realizar políticas redistributivas enquanto o bolo cresce"."
Antonio Barros de Castro e Francisco Eduardo Pires de Souza
"Geisel teve um
enorme sucesso na obtenção do financiamento privado externo e deixou montada
uma extraordinária máquina produtiva estatal bem como o sonho de uma
Nação-potência. Mas, mesmo assim, teve que se submeter a uma rigorosa, ainda
que oscilante, política macroeconômica monetarista, que, instigada pela
inflação e pelo desequilíbrio do balanço de pagamentos, estimulou, até o
limite, o endividamento externo em, que todos, unidos, se afundaram mais à
frente. Deixou como herança de seu sucesso a forte suspeita de que esse Estado
não foi montado com vistas a uma industrialização pesada, mas como objeto de
desfrute cíclico generalizado. Desfrute na predação, quando as coisas vão bem,
e na socialização das perdas, quando as coisas vão mal."
José Luis Fiori
"Mas, o II
PND, enquanto estratégia de superação da crise e consolidação dos interesses de
longo prazo da economia brasileira, que rejeita e redireciona os impulsos
procedentes do mercado, poderia haver sido adotado através dos mais límpidos
processos democráticos. Em outras palavras, a perversão política reside nos
métodos através dos quais o II PNBD foi definido e implementado."
Antonio Barros de Castro e Francisco Eduardo Pires de Souza
"O
antiestatismo de nossos empresários liberais não consegue esconder suas
prolongadas relações de dependência clientelista com o próprio Estado. Mas o
estatismo de nossos desenvolvimentistas — dos conservadores mais do que dos
progressistas — tampouco consegue justificar as alianças que comprometeram
historicamente o Estado com a parafernália corporativa e cartorial e com o
autoritarismo, sendo que o reformismo de nossos social-democratas não consegue
jamais esclarecer como se faz a omelete da reforma do Estado sem quebrar os
ovos que alimentaram os vários e heterogêneos segmentos pactados na base social
de apoio á estratégia que modernizou nossa sociedade sem ampliar a cidadania
social e política."
José Luis Fiori
vídeo: Conversa com Bial General Augusto Heleno 12/12/2018
vídeo: #Coronel José Jacaúna fala sobre episódio lamentável
na #Venezuela
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