19/05/2016
“Nenhum outro lugar
funciona como as cidades – ele disse. – Não somos apenas nós que as mantemos
separadas. São todos em Besźel e todos em Ul Qoma. A cada minuto, a cada dia.
Nós somos apenas a última trincheira: são todos nas cidades que fazem a maior
parte do trabalho.”
“A cidade & a cidade”, China Miéville
pela resistência ao
golpe branco está sendo construída uma Democracia de alta intensidade. o Brasil
& o Brasil estão em secessão. hiper conectados, participamos da fundação de
um outro Brasil. uma fundação emanada do movimento social que se levanta contra
o golpe. mas, simultaneamente, construindo como Nação a própria sociedade da
qual esta fundação emana.
um mito fundador.
chamamos por uma nação que ainda não conhecemos, sim, e uma nação que ainda não
conhecemos acorrerá a nós. terra dos grilos alados, que fica além dos rios da
Etiópia. uma nação de gente de pele bronzeada, cuja terra é sulcada de rios. há
profecias que são mais do que profecias. só digo que quando assim suceder,
perderá essa nossa História gloriosamente o nome, e que deixará de ser História
do Futuro, porque o será do presente.
a história do futuro
somos nós a escrevendo agora, no presente incerto e tomado pelo nevoeiro. mas
algo se insinua através da névoa... não! não é ninguém montando um cavalo
branco! espera! é uma multidão! seriam eles? os brasileiros? chegou o momento
de revelar um segredo: já vivemos uma vez. e naquela vida fomos chamados de
Brasileiros.
ainda mais uma vez o
Povo sem Medo nas ruas faz com que o movimento da História flua no sentido da
construção de sua Nação. e mais uma vez é urdida a modernização conservadora, a
transição tutelada, a conciliação de gabinete,
o rearranjo que tudo muda para que nada fique diferente, sem que jamais se inclua no "pacto
democrático" as classes trabalhadoras, o que nos mantém aprisionados entre
dois mundos: um definitivamente morto e outro que luta por vir à luz.
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