28 fevereiro 2020

Hy-Brazil: o auto-golpe do "foda-se"




- Bolsonaro é despreparado demais, inflexível demais e com acesso demais ao poder militar. seu governo trará mais imprevisibilidade do que as agências de risco julgam ser razoável. se vencer, será descartado oportunamente pela classe dominante assim como foi Collor, em prol de um sucessor mais adequado, como foi FHC - ou de um sucessor "puro-sangue";

desde a espionagem da NSA revelada por Snowden em Junho de 2013, sabemos estarem tudo e todos no sistema de poder brasileiro mantidos como reféns.

pela continuada chantagem, garantida pela abundância de cadáveres sobrando no armário, assim como por muito pouco tapete em cima do excesso de sujeira, a falência institucional se tornou completa.

ninguém larga o rabo de ninguém, porque todos tem um rabo imenso e o rabo de cada qual está amarradinho no rabo dos demais.

uma pérfida ciranda começando com a lumpenburguesia e seus mais de 300 serviçais picaretas no balcão de negócios do Congresso Nacional;

passando por um Judiciário classista, seletivo, corporativo, partidarizado, venal e fora da lei;

para ir até uma Ex-querda fisiológica, clientelista, burocrática e comprometida pelo financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

mas ainda incluindo:

- gestores de fundos hedge, proprietários de cassinos virtuais e doleiros de doleiros;
- pecuaristas do "boi branco";
- comércio varejista dublê de financeiras;
- CEO da Teologia da Prosperidade com sua fogueira santa purificadora de patrimônio venal;
- "aviãozinho" dentro do avião da comitiva presidencial;
- oficiais de alta patente das FFAA "pais" dos padrastos dos Petit Minustah gerados no pó de Cité Solei;
- milicianos de baixa patente, narco-traficantes sem qualquer patente;
- quem mandou matar Marielle;
- etc, etc, etc...

todos juntos, misturados e embrulhados com o mapa da mina do Golpeachment e das Eleições de 2018.

todos paridos e criados por uma maldita genealogia de pactos, acordos, conchavos:

- a Lava Jato & Associados se ergueu da supressão da Operação Satiagraha, sendo esta o retorno do reprimido no Caso BANESTADO, o qual, por sua vez, vem a ser a consequência natural da não apuração do escândalo dos anões do orçamento.

se com Bolsonaro os Porões da Ditadura Civil-Militar agora ocupam o Palácio do Planalto, até que ponto tamanha exposição é conveniente para a estabilidade do sistema de poder no Brasil: conseguirão se enraizar ou mais uma vez serão defenestrados?

o clã Bolsonaro muito bem se sabe como uma última cartada eleitoral do setor dominante brasileiro, o qual decididamente não morre de amores pelo Capitão-Presidente e seus Três Primeiros-Filhos.

subservientes, carreiristas, bajuladores, fisiológicos e incompetentes, precisam estar sob o guarda-chuva de algum "padrinho".

e agora, quando se pegam na condição de serem eles o "Poderoso Chefão"?

não é apenas pela coerência política o motivo de Bolsonaro se atirar nos braços dos EUA e bater continência à bandeira norte-americana, trata-se de necessidade de sobrevivência imposta pela lógica hierárquica da Famiglia: obedecer e servir com lealdade para ganhar como recompensa a proteção.

encarregado da gestão da Casa Grande, o Capitão do Mato dispensa os intermediários locais e faz seus negócios diretamente com a matriz.

no caso de Israel a lógica seguida é a mesma de com Brother Sam, através da aliança com o "povo eleito" receber as benções de quem manda, o Senhor dos Exércitos: o D-us Todo-Poderoso Ele próprio.

em outra frente de batalha, o agora tido como "sensato" General-Vice ganha terreno rapidamente. sem encontrar resistências, avança para ser impor ele próprio como a solução do "auto-golpe".

não sem motivo, o General Heleno dá um "Foda-se" para o Congresso e urge Bolsonaro a convocar sua tropa de Bolsominions às ruas.

esta é a veloz conjuntura da luta de classes no Brasil, no âmbito de uma fatal crise estrutural do Capitalismo globalizado.

frações e segmentos da classe dominante disputam cada um por si, e todos contra nosotros, a hegemonia na construção de um novo sistema de poder.

o setor dominante rachado, os militares divididos, uma oposição inapetente para se opor, a estagnação econômica se prolongando, a população abatida pelo desalento, o caos social se agravando, o apartheid se aprofundando, a desintegração em marcha: seguimos "caminhando de forma muito rápida para um colapso social".

como num último baile da Ilha Fiscal, no qual tudo se complica ainda mais por conta de um inesperado penetra: o nCoV19.

e agora? quem dará o golpe dentro do golpe? qual "Foda-se" soará mais alto?

“Bolsonaro está no meio de um furacão. Pela primeira vez, estamos num momento em que é imprevisível. Fratura no Judiciário, no Legislativo e no Executivo. Todas essas estruturas estão trincadas. Nós estamos em um momento no Brasil em que não temos nada. Até a oposição não existe."
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26 fevereiro 2020

Hy-Brazil: quando o Carnaval passar


esta crise se tornou maior do que tudo e do que todos. é a crise de todos nós.
não é apenas uma crise política, agravamento de uma crise financeira e econômica, tornando-se uma crise institucional.
numa camada mais profunda, há uma inédita e incontornável crise climática desencadeando uma crise da civilização.
este modelo, em sua totalidade, está em colapso. dele nada se espere, somente a certeza de que não sobreviveremos.

- gerado pelo cruzamento da crise econômica com a crise de representação, e apesar de eleito como candidato anti-sistema, Bolsonaro já não tem como mascarar com fake news a verdade de ser nada menos do que ainda muito mais do mesmo: mais inadimplência, menos renda, mais desemprego, menos trabalho formal;

- como resultado inevitável do aprofundamento do austericídio, via contra-reformas e privatizações, se agrava exponencialmente tanto a crise econômica quanto a crise de representação;

- nem mesmo em relação a segurança e corrupção o governo Bolsonaro é capaz de atender as justas e urgentes demandas da população brasileira;

- a violência gerada pela violência de um estado de exceção econômica não pode ser superada prioritariamente pela via penal e policial;

- do mesmo modo, "a corrupção nossa de cada dia" não passa do efeito epidérmico de um modelo de negócio altamente oligopolizador, no qual as vantagens comparativas não passam de uma concorrência pela inovação e eficiência quanto ao mérito de se estabelecer como o melhor corruptor;

- para a Ex-querda 2018 ficou para sempre como um ano longe demais, nada lhe restou ao se dissiparem suas últimas quimeras eleitorais, a não ser, é claro, amaldiçoar o "pobre de Direita": esta ingrata, e imaginária, criatura que teria imperdoavelmente rejeitado Haddad, o poste sem alça ungido pelo Lulismo para ser sob medida o "bom moço" palatável ao setor dominante;

- as Eleições de 2018 marcaram o esgotamento de um modelo de representação política, com amplas parcelas do eleitorado votando no #EleNão: a votação de Bolsonaro foi de 39,2% do total de eleitores, enquanto o não-voto (nulos, brancos e abstenções) atingiu 28,8% e Haddad 31,9%;

- viciadas e sob estreita tutela jurídico-militar, a função primordial das Eleições de 2018 foi legitimar o Golpe de 2016 e conduzir à Presidência um candidato comprometido em aplicar as “medidas impopulares”, anteriormente rejeitadas por 4 vezes nas urnas;

- mais de um ano após sua posse, Bolsonaro prossegue sem nenhuma proposta para sequer mitigar a crise econômica, colocando dinheiro no bolso do povo e repactuando a inadimplência;

- mais de um ano depois de sua derrota, a Ex-querda jaz deitada em seu caixão, rodeado de  velas roxas e coroas de flores apodrecidas, mas negando-se a baixar ao túmulo ainda na esperança de algum messias para ressuscitá-la;

- como nunca desnudado está agora que Haddad nunca quis de fato ganhar as Eleições de 2018,

           assim como Lula capitulou voluntariamente na última semana do 2o. turno em 1989;
           assim como o Lulismo jamais pretendeu resistir ao Golpe de 2016;
           assim como nunca se empenhou em lutar pela nulidade do Golpeachment;
           assim como Lula negou-se a oferecer qualquer tipo de resistência à sua prisão;

- assim como uma oposição docilmente circunscrita aos limites do consentido, tornou Haddad tão relevante para o cenário atual quanto Dilma o foi após o impeachment: nulidades irrelevantes.

- coerente com o lento, gradual e seguro fechamento do regime, o Gal. Heleno dá um foda-se para o Congresso e Bolsonaro convoca seu povo às ruas, cabendo mais uma vez a Ex-querda seu patético papel defensor de uma ordem institucional em profunda e irrecuperável desordem, enquanto de novo  aponta  para a miragem do calendário eleitoral.

determinando a conjuntura, uma questão de fundo insolúvel: a crise sistêmica do Capitalismo.

"A marca registrada de uma crise sistêmica, distinta de uma crise cíclica ou esporádica do capitalismo, é que todo esforço para resolver a crise dentro dos limites vastos do sistema, definido em termos da sua configuração de classe predominante, apenas agrava a crise. É neste sentido que o capitalismo neoliberal entrou agora numa crise sistêmica. Esta não pode ser resolvida por meros remendos; e as tentativas de ir além de meros remendos só agravará a crise."

quando o Carnaval passar, os abutres prosseguirão na folia voraz de seu pic-nic.

os abutres implementam suas contra-reformas regressivas, nós somos as multidões dormindo nas calçadas.

os abutres saqueiam o patrimônio público, nós financiamos as privatizações com os fundos de pensão.

os abutres ganham a autonomia do Banco Central, nós perdemos a soberania nacional.

os abutres aprovam a reforma tributária, nós bancamos as isenções e desonerações fiscais.

para os abutres é sempre Carnaval, para nós é uma perene Quarta-Feira de Cinzas.

enquanto escrevia, o aplicativo continua recebendo mensagens, seguindo num monólogo estéril com o Big Data, esta interface muda incapaz de interlocução.

quem poderia ser? talvez, quem sabe, nosotros postando desde Hy-Brazil.



25 fevereiro 2020

Anotações sobre a geopolítica do fim de um mundo


- Guerra de Famiglias não está restrita ao Brasil, pois também o setor dominante global está rachado: o mundo unipolar contra si mesmo e contra todos os outros mundos;

- a luta de classes é também uma luta entre frações de classe no seio do setor dominante;

- em sua inelutável decadência, o Imperium jaz dividido: soberanistas x globalistas. os defensores da soberania Estado-Nação versus a globalização irrestrita sob um governo mundial;

- tanto soberanistas quanto globalistas representam a fração altamente financeirizada do Capital e ambos são defensores de um mundo unipolar;

- entretanto, os soberanistas seguem uma estratégia unilateral, sob a hegemonia dos EUA. enquanto os globalistas adotam um modelo multilateral implementado através de entidades supra-nacionais blindadas contra a soberania popular. sendo a União Européia o modelo real existente;

-  fora do âmbito do Imperium, mas ainda dentro do núcleo do setor dominante global, a iniciativa de um mundo multipolar tem seu epicentro na China com o eixo sino-russo como motor;

- ao contrário das duas frações internas ao Imperium, esta fração do Capital pretende um resgate do keynesianismo produtivo para reconectar o capital financeiro com a economia produtiva, cujo exemplo em implementação é a Nova Rota da Seda (OBOR);

- nenhuma das três frações em luta por hegemonia tem propostas capazes de superar a atual crise estrutural do Capitalismo, estagnado pela tendência de queda da taxa de lucro e pela limitação dos recursos naturais;

- por mais que os soberanistas tentem repatriar as transnacionais de volta ao solo norte-americano, os contextos históricos não se repetem. não haverá retorno ao keynesianismo fordista do anos dourados pós II Grande Guerra, tornando-se impossível "Make America Great Again";

- a Tirania Financeira Global (globalistas) mais e mais extirpa o trabalho do processo produtivo. ao alterar a composição orgânica do Capital concomitantemente impulsiona a queda da taxa de lucro. com a maior parte da população tornada supérflua, a reciclagem implica numa gigantesca destruição de forças produtivas. o que se daria através de uma guerra nuclear, portanto inviabilizando as condições para a vida humana no planeta;

- para o "Socialismo de Mercado" chinês a inclusão social de bilhões de eurasianos se choca frontalmente com a fronteira entre a pulsão consumista, orientada a obsolescência programada, e as limitações dos recursos naturais, os danos ambientais e a catástrofe ecológica. além disto, por seu caráter autocrático gera uma sociedade distópica, sob vigilância e controle de um Big Brother digital, cujo exemplo atual é o sistema de Crédito Social já em implementação na China;

- historicamente passamos por "um período de transição de um modo de produção para outro", com um novo nível e escala de desenvolvimento das forças produtivas desencadeando a transformação das relações sociais de produção até então estabelecidas;

- para além da clássica questão "Socialismo ou Barbárie", nos encontramos hoje, não apenas como civilização mas principalmente como espécie, diante de uma encruzilhada definitiva: pós-Capitalismo ou extinção.

referência:
"O Capital frente ao seu declínio", Andrés Piqueras, Wim Dierckxsens.

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21 fevereiro 2020

América Latina e a Revolução negada: da Colômbia ao Brasil


"Se eu avançar, sigam-me. Se me detenho, empurrem-me. Se eu os trair, matem-me. Se me matarem, vinguem-me."
Jorge Eliécer Gaitán

as raízes da violência na Colômbia remontam ao assassinato de Gaitán, líder do Partido Liberal, candidato favorito às eleições de 1950 e assassinado em 09/04/1948.

a multidão em fúria desencadeou o Bogotazo. o presumido assassino de Gaitán foi linchado, seu cadáver arrastado pelas ruas até ser crucificado em frente ao palácio presidencial, que  foi cercado e esteve a ponto de ser tomado.

seguiu-se  o período conhecido como La Violencia, entre 1946 e 1957 estimam-se 300 mil mortos, 800 mil feridos e 1 milhão de refugiados, estabelecendo desde então o padrão para a luta de classes na Colômbia.

Gaitán chegou mesmo a prever as consequências de seu assassinato: "A oligarquia não me mata, pois sabe que se o faz, o país se arruína e as águas demorarão cinquenta anos em regressar a seu nível normal."

a execução de Gaitán é também a sentença de morte para a Revolução Democrática Burguesa na periferia latino-americana do Capitalismo.

liberais, sociais-democratas e reformistas vivem assombrados por este fantasma.

as condições específicas das formações sociais na América Latina impedem a emergência de uma burguesia nacional, condenando ao fracasso qualquer aliança supostamente pactuada com uma fração de classe sem qualquer existência concreta.

para nosotros nunca houve opção: a emancipação da América Latina se dará através de uma Guerra de Independência, tendo como perspectiva uma Revolução Popular Socialista.

ou jamais se dará... seremos sempre neo-colônias semi-escravocratas.

nos levantes recentes do Equador e Chile, qual a relevância de Bachelet e Rafael Correa? qual a participação efetiva de Evo Morales na luta contra o golpe na Bolívia? após 15 anos a Frente ampla é derrotada no Uruguai, sem ter implementado qualquer mudança estrutural.

e Lula no Brasil, qual seu protagonismo desde o Golpe de 2016?

se o projeto neoliberal no Chile se estrutura sobre a exportação de cobre, e na Colômbia sob a égide do narcotráfico, no Brasil está se erguendo com base no petróleo e na mineração.

como seria o Pacto de Ralito à la Brasil?

se na Colômbia foi o acordo sigiloso entre as milícias, narcotraficantes e políticos profissionais, dando luz à para-política e tendo como missão irrenunciável a "refundação a pátria", como seria no Brasil?

qual o projeto de Brasil em curso?

a matriz é o neoliberalismo ditatorial de Pinochet petrificado constitucionalmente: tudo privatizado (inclusive água e mar) com as FFAA e os carabineros ungidos com privilégios excepcionais para agirem como fiel guarda pretoriana.

o modelo atual de implementação é o estado narco-terrorista da Colômbia, cujo fundamento constitucional foi redigido em inglês nos EUA: o Plan Colombia.

atualmente a Colômbia recebe a terceira maior "ajuda militar" bancada pelos EUA, superada apenas pela destinada a Israel e Egito. o efetivo do Exército colombiano é de cerca de 500.000 homens, maior do que o brasileiro mesmo com uma população 5 vezes menor.

os colombianos podem ter o direito de viver em paz com cerca de 45% do território do país coberto por minas? com milhões de refugiados internos, quantidade só comparável ao Congo? de cada 100 sindicalistas assassinado no mundo, 51 são colombianos.

por toda parte vemos o colapso e a falência de um imperialismo decadente, sob a égide do poder dos EUA. ao invés de algum novo New Deal ou Plano Marshall, a política da terra arrasada e da selvagem expropriação.

só pela guerra sem fim é possível sustentar a hegemonia do Dólar, e só a hegemonia do Dólar pode financiar a guerra sem fim.

a linha de frente das grandes mobilizações populares sempre será a juventude. foi assim no Brasil quando inesperadamente o movimento estudantil retomou as ruas em 1977, precedendo o ressurgimento do movimento sindical em 1978.

foi assim também em Junho de 2013.

as antigas lideranças políticas brasileiras estão esgotadas e seu modelo falido. a Direita muito bem sabe disto, daí seu investimento em renovação com Kim Kataguiri, Fernando Hollyday, Tabata Amaral.

e à Esquerda, o que vemos? há algo?

deixem que os mortos enterrem seus mortos. as novas lideranças sempre são engendradas pelas novas lutas. não é o povo quem faz a Revolução, é a Revolução quem cria seu povo.

tanto Bolsonaro, Paulo Guedes e Gal. Heleno quanto uma esquerda fossilizada pelo burocratismo e fisiologismo, todos compartilham o mesmo pesadelo: o movimento autônomo das massas.

e para conjurá-lo brandem a mesma ameaça: o fechamento do regime e o banho de sangue.

mas desde sempre o sangue de nosotros segue jorrando pelas veias abertas da América Latina.

a História da América Latina tem sido a exasperante repetição de um mesmo padrão, invariavelmente fracassado e levando a enorme sacrifícios - principalmente para o grosso da população, os mais pobres.

uma classe dominante inapetente e incompetente de se mover para além da cômoda condição de sócia subordinada e minoritária do Imperialismo, abdicando de qualquer autonomia e projeção de poder internacional.

uma Esquerda incapaz de superar a ilusão de uma impossível conciliação com a classe dominante, tampouco da viabilidade do vanguardismo armado dissociado do movimento de massas.

a História da América Latina, a nossa História, é a de uma Revolução negada: tanto a Revolução Democrática Burguesa quanto a Revolução Popular Socialista.

referência: "Guerra e Paz na Colômbia em perspectiva histórica"
Fábio Luis Barbosa dos Santos

vídeo: Colômbia - 2019: #21N
https://www.youtube.com/watch?v=wONZnvGLd0Y

vídeo: Colômbia - 2019: Que Viva El Paro!
https://www.youtube.com/watch?v=OIIUKbYFDIk

vídeo: Colômbia - 2019: El Paro Sigue
https://www.youtube.com/watch?v=NE7Vf8mM_hk&t=3s
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anteriormente em Hy-Brazil:




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